Lucas do Rio Verde, 11/08 – O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta sexta-feira, 11, que o Brasil está começando a sair do buraco em que se encontrava quando o presidente Michel Temer assumiu o Palácio do Planalto.

“Quando assumimos o governo, estávamos em queda livre. Demoramos um tempo pra arrumar a casa, nesse momento ainda estamos em crise, mas o Brasil começa a sair do buraco em que se encontrava, os empregos começam a voltar, e o presidente dá a liberdade para os seus ministros tocarem seus programas de governo”, disse Maggi, ao participar da inauguração da usina de etanol de milho da FS Bioenergia, a primeira usina brasileira de etanol que utiliza milho em 100% de sua produção, ao lado do presidente.

“Agradeço Temer e a oportunidade de representar agricultores e o apoio incondicional. Temer é um homem sábio, descentralizou, dá as metas e deixa trabalhar”, completou o ministro.

Esta foi a primeira viagem de Temer ao Estado de Mato Grosso desde que foi efetivado na Presidência da República. Ao falar da usina, Maggi afirmou esperar que o governo tem interesse no projeto e espera que a obra seja exemplo para empresários e produtores.

Antes da solenidade na usina, Temer participou da abertura da colheita do algodão – Mato Grosso produz 67% de todo o algodão nacional, informou o ministro. De acordo com o ministro, a cultura do algodão veio para ficar e está cada vez mais forte no Estado.

“Vossa Excelência percebeu o alto grau de tecnologia que temos nessa produção. Em cada lugar que chega o algodão, é um desenvolvimento onde centenas de pessoas participam desse progresso, desse desenvolvimento”, ressaltou o ministro, dirigindo-se a Temer.

“Pra não ficar só no algodão, apostamos em tecnologia para olhar problemas do agricultor”, prosseguiu Maggi.

O ministro destacou o papel dos produtores que trabalham com algodão, observando que eles dominam todo o processo, sendo responsáveis pelo plantio, cultivo e pela venda do produto. “Agradeço Temer pelo cuidado de apoiar essa cultura”, ressaltou Maggi.

Segundo o ministro, Lucas do Rio Verde “é onde as coisas funcionam na política e na área empresarial”. “A indústria do etanol vem completar esse ciclo na cidade e será exemplo para o Brasil. A presença de Temer aqui mostra que estamos no caminho certo de fazer milho virar etanol. O BNDES não apoiou projeto no governo anterior, que achava que milho era só comida”, disse Maggi.

“O Brasil, o Mato Grosso, pode produzir o quanto quiser (de milho). Hoje são 30 milhões de toneladas de milho aqui, 100 milhões no Brasil inteiro. Quem tem fome e alguns países têm fome, não tem dinheiro pra comprar. Não vamos dar de graça”, comentou Maggi.

Ele disse, ainda, que um projeto como esse de usina de etanol de milho, é importante, porque “vai enxugar 600 mil toneladas de milho do mercado”, disse. “Se houver dez usinas como essa, 6 milhões de toneladas seriam escoadas.”

Além disso, Maggi ressaltou as políticas de apoio à comercialização de milho que têm sido feitas para contribuir para escoar a supersafra de milho em Mato Grosso. O ministro citou os leilões realizados pela Conab, de Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). “O produtor teve prejuízo no milho este ano (por causa do excesso de oferta). Para evitar isso subsidiamos R$ 1 milhão em PEP e Pepro”, disse o ministro.

Protesto

Um protesto de caminhoneiros do Mato Grosso contra a visita do presidente Michel Temer à cidade de Lucas do Rio Verde paralisou um trecho da BR-163.

“Temer está inaugurando uma usina, mas não é bem-vindo na nossa cidade pelo fato de estar envolvido nesses atos de corrupção. Ele usou dinheiro da população para comprar o apoio dos deputados e se salvar na cadeira de presidente”, disse ao Broadcast Político o caminhoneiro Gilson Baitaca, um dos líderes do movimento de transportes de grãos do Mato Grosso.