São Paulo, 07 – O leilão dos 8 lotes finalistas do 13º Concurso Nacional Abic de Qualidade do Café, realizado no período de 26 de janeiro a 3 de fevereiro, vendeu todas as 36 sacas de 60 kg, arrecadando o valor total de R$ 54.648,99. O valor médio por saca ficou em R$ 1.518,03, quase o dobro do preço mínimo estipulado, de R$ 871,00 a saca (equivalente a 50% acima da cotação da BM&F/Bovespa de 24 de janeiro de 2017).

A empresa campeã deste leilão foi o Grupo Café do Moço, criado em 2009 pelo barista Leo Moço e formado pela microtorrefação Café do Moço e pela cafeteria Barista Coffee Bar, ambas em Curitiba (PR). O grupo conquistou a premiação nas três categorias: Ouro, Diamante e Especial, informa em comunicado a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

O Grupo Café do Moço arrematou o lote de 6 sacas do produtor Evilásio Shigueaki Mori, de Cambira (PR), pagando R$ 2.000,00 por saca, totalizando R$ 12.000,00. Foi o maior valor de aquisição por saca, entre os lotes de café Natural e Cereja Descascado, o que rendeu à empresa o título de campeã na categoria Ouro.

Mas, com a aquisição de sacas de diferentes lotes, o Grupo Café do Moço foi também o que mais investiu em qualidade, R$ 20.400,00, tornando-se campeão na Categoria Diamante. Eles compraram 1 saca do lote de Antônio Rigno de Oliveira (2º colocado) por R$ 1.800,00; 1 saca do café campeão do José Alexandre de Lacerda (1º colocado) por R$ 4.200,00; 6 sacas do café do Evilásio Shigueaki Mori (8º colocado) por R$ 2.000,00 cada saca, e 2 sacas do café da Ceres Trindade (6º colocado) por R$ 1.200,00 cada saca

Finalmente, a terceira categoria, Especial, que corresponde ao maior lance dado a um microlote (composto de 2 sacas, apenas), premiou novamente o Grupo Café do Moço, que pagou R$ 4.200,00 pela saca do café campeão do concurso, produzido por José Alexandre Abreu de Lacerda no Sítio Córrego Pedra Menina, em Dores do Rio Preto (ES). A outra saca deste lote campeão foi arrematada pelo Café Ghini, também do Paraná, por R$ 4.150,00.

Destaque neste leilão foi a participação do Café do Guri, uma cafeteria chilena. O representante Thiago Saraiva pretendia arrematar o lote de 6 sacas do 2º colocado no concurso, o produtor Antônio Rigno de Oliveira, de Piatã (BA). Porém, após acirrada disputa conseguiu comprar metade do lote – 3 sacas.

Os cafés finalistas desta edição passaram, em dezembro, pelo crivo de um Júri Técnico, composto por provadores e especialistas, e em janeiro foram avaliados por um Júri Popular, integrado por consumidores em reuniões realizadas em São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia, Estados produtores participantes do concurso. A pontuação do Júri Técnico correspondeu a 70% da nota final, e a do Júri Popular, a 15%. A soma incluiu também a nota de Sustentabilidade da Propriedade, equivalente aos 15% restantes.