São Paulo, 10 – As condições oferecidas pelo Plano Agrícola e Pecuário 2017/18 para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) devem estimular a retomada dos investimentos de empresas e produtores em armazenagem, na avaliação da gerente executiva de armazenagem da Casp, Andrea Hollmann, divulgada em nota. A Casp é uma das principais indústrias brasileiras de máquinas e equipamentos para avicultura, suinocultura e armazenagem de grãos. “Estamos otimistas, pois a dificuldade de acesso ao crédito acaba sendo um dos principais empecilhos para o investimento em armazenagem”, disse Andrea no comunicado da empresa, que destacou a aposta em uma retomada dos investimentos.

Na nota, a Casp declarou que o Plano Safra 2017/18, com incentivos específicos para armazenagem, “melhorou o ânimo do mercado”. Os juros do PCA foram reduzidos de 8,5% para 6,5% ao ano e o valor total destinado ao programa aumentou de R$ 1,4 bilhão no plano passado para R$ 1,6 bilhão neste ano. O prazo de amortização do crédito continuou em até 15 anos, com possibilidade de financiamento de 100% do projeto. “Ter silos é também uma importante estratégia comercial, permitindo ao produtor aproveitar melhores preços de venda, ainda mais com excesso de oferta, como é o atual cenário”, acrescentou a executiva.

A Casp lembrou que enquanto a produção brasileira de grãos vem registrando recordes e deve chegar a 234,3 milhões de toneladas na safra 2016/17, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o País tem capacidade para armazenar apenas 158 milhões de toneladas, um déficit de 77 milhões de toneladas que ficam a céu aberto ou têm de sair da lavoura diretamente para seus locais de destino.