São Paulo, 20/6 – Os preços da cenoura, do tomate e da alface registraram queda nas Centrais de Abastecimento do País em maio, em relação ao mês anterior, enquanto cebola e batata tiveram movimento de preço variado. A análise faz parte do 6º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas, divulgado nesta terça-feira, 20, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A Conab destacou a queda de preço do tomate em maio, cujos porcentuais ficaram entre 1,20% em Recife (PE) e 32,57% registrado em Vitória (ES). Fortaleza (CE) foi o único mercado a apresentar alta, porém, de pouca intensidade (3,53%). No Sudeste, o porcentual de queda ficou em 21,83% em São Paulo (SP).

Para a cenoura, os preços tiveram queda em todos os mercados. Em São Paulo, o índice ficou em 12,17%. A Conab informa no boletim que “maio foi o quarto mês consecutivo de declínio do preço na maioria dos entrepostos, ficando inclusive inferiores aos do mesmo mês de 2016”.

Ainda no cenário de queda de preços na maioria dos mercados atacadistas encontra-se a alface, respondendo a uma oferta satisfatória nos entrepostos analisados. Assim, somente em Vitória (ES) a cotação da folhosa subiu 3,34%. Nos demais, a queda ficou entre 2,81% em Fortaleza e 67,77% em Goiânia (GO). Em São Paulo, a redução foi de 11,14%.

As outras duas hortaliças analisadas, batata e cebola, tiveram movimento de preços variados. Em maio, as cotações da batata apresentaram queda mais significativa nos mercados da região Nordeste. Já no Sudeste, nos três mercados que constam da análise, verificou-se alta de preços. A maior foi na CeasaMinas, de Belo Horizonte, de 23,54%, seguido da Ceagesp (SP) de 14,18% e, por último, o aumento em Vitória, que foi de 10,41%.

A cebola teve predominância para a alta de preços em cinco dos mercados analisados: Fortaleza (25,20%), seguido da CeasaMinas (13,77%), Curitiba/PR (12,60%), Vitória (8,01%) e São Paulo (4,87%). Em Brasília/DF a cotação do bulbo permaneceu estável e em Goiânia e em Recife os preços tiveram queda de 7,63% e 17,45%, respectivamente. Conforme a Conab, “estes movimentos díspares no mercado podem ser explicados, da mesma forma que a batata, pela mudança das zonas produtoras que comandam o abastecimento nacional.”

Essas cinco hortaliças são as com maior representatividade na comercialização nas Centrais de Abastecimento e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (o IPCA).

Frutas

No segmento de frutas, o estudo também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia). “O mês de maio foi marcado pela queda de preços generalizada para todas as frutas. Especificamente, as cotações de preços da melancia mostraram tendência de queda em todas as Ceasas, assim como de alta da oferta na maioria dos mercados em relação ao mês anterior”, informa a Conab no boletim.

A banana apresentou queda de preços, com elevado volume ofertado em todos os mercados. O mamão também apresentou queda de preços e alta nas quantidades em todos os mercados, “em meio à boa safra dos principais polos produtores”, como Espírito Santo e sul da Bahia. A maçã continua com elevada oferta na maioria dos mercados principalmente da variedade Fuji. Já a laranja apresentou queda de preços e alta na comercialização na maioria dos entrepostos.

Segundo a Conab, o volume de exportação de frutas acumulado no Brasil em 2017 até o mês de maio foi 3,65% maior em relação ao mesmo período de 2016, e o valor em dólar aumentou 10,37%. Mamão, melancia, laranja e maçã apresentaram aumento dos embarques em relação ao ano anterior, e a banana registrou queda no volume embarcado.

O levantamento é feito mensalmente pela Conab, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), com base nas informações enviadas pelos principais mercados atacadistas do País. Em maio, a análise considerou entrepostos localizados nos Estados de SP, MG, ES, PR, GO, PE e CE e no DF.