O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciou, em entrevista no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (29), que já no próximo mês serão iniciadas missões ao exterior para reverter a imagem  da carne do Brasil entre os países importadores, criada a partir da deflagração da Operação Carne Fraca da Polícia Federal. A primeira visita deverá ser feita pelo secretário-executivo Eumar Novacki e, em maio, a viagem será liderada pelo próprio ministro.

Num período de 20 dias, Maggi irá aos Emirados Arábes, Arábia Saudita e Ásia,  onde visitará a China. “Temos bom comércio e é importante termos, com eles [chineses], essa transparência”, destacou o ministro. A volta, observou, deverá ser pela Europa. “Passamos por muita preocupação. O Brasil ficou muito ameaçado, numa posição difícil, complicada”, desabafou.

Mas Maggi considerou que “boa parte da batalha foi vencida”, revertendo suspensões de importação por parte de grandes parceiros comerciais, como China, Hong Kong, Chile e Egito. “A situação era de emergência”, disse o ministro, reconhecendo empenho do presidente Michel Temer e de outras áreas de governo, além da equipe do Mapa, para dar informações detalhadas e claras a consumidores de fora do país e brasileiros.

Maggi esclareceu não ter nada contra a Operação da PF envolvendo frigoríficos. “A operação deve continuar”, afirmou. “O problema foi a forma de divulgação, que colocou em dúvida a qualidade do produto e nosso sistema de inspeção, que é forte, robusto.”

Temer anunciou, no lançamento do novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), a reabertura também do mercado do Irã, no dia de hoje . “Agora há pouco, o escritório veterinário do Irã comunicou reabertura. Esse é um mercado de 380 milhões de dólares”, disse o presidente. O Irã havia suspendido importação, mas reabriu o mercado no mesmo dia.