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A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) promoveu  ontem e hoje, durante todo o dia, o evento  Fundação MT em Campo 2017, no Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD), no município de Itiquira (MT). Passaram pela estação de pesquisa da entidade cerca de 600 produtores rurais, agrônomos, técnicos e estudantes. “A fazenda experimental é um local de aprendizado para nós e também para todos os produtores”, disse o diretor presidente da Fundação MT, Francisco Soares Neto, na abertura dos trabalhos. “Conhecer o impacto das estratégias de manejo tem sido um desafio nesses anos.” Durante os dois dias, a equipe de pesquisadores da instituição compartilhou e debateu resultados inéditos e exclusivos observados em um experimento de nove anos de cultura em diversas áreas da agricultura.

Nesta edição, a Fundação MT escolheu, para as palestras e discussões nos circuitos de campo, o tema “A decisão que influencia o amanhã”, representada por um cubo mágico. “Sempre discutimos solo, manejo, fertilização de modo separado”, afirma Soares Neto. “Mas esses temas estão interligados, por isso nesta edição eles estão sendo tratados  como parte de um sistema.” Para  Leandro Zancanaro, gestor de Pesquisa da Fundação MT, em uma lavoura, o resultado de uma cultura depende do histórico daquela terra, o que foi feito ao longo dos anos. Isso vale para todas as atividade agrícola, seja ela soja, milho, algodão ou outra cultura. “No passado, nós testávamos o encaixe de uma peça por vez, como se uma cultura fosse um quebra-cabeças’, afirma Zancanaro. “Mas hoje sabemos que o ideal é o encaixe de várias peças ao mesmo tempo, a sincronia. Não se pode pensar de forma isolada, mas sim em um sistema de produção.”

Francisco Soares Neto, presidente da Fundação MT, e Leandro Zancanaro, pesquisador e gestor da entidade
Francisco Soares Neto, presidente da Fundação MT, e Leandro Zancanaro, pesquisador e gestor da entidade (Crédito:Vera Ondei)

Durante os dois dias, os produtores visitaram experimentos mostrando rotação de cultura e seus efeitos na produtividade, que  vêm sendo analisados nos últimos nove anos. São oito esquemas de sucessão e rotação de culturas, nos quais foram utilizados soja, milho, sorgo, crotalária, braquiária e milho em plantio direto.  Outro experimento mostrou os vários níveis de calagem superficial e em quais condições a técnica apresenta resultados positivos.

Os produtores também acessaram informações sobre intensificação ecológica em sistemas de produção de milho, manejo de pragas e doenças da soja, novas cultivares e fertilização. Confira outras informações na próxima edição da REVISTA DINHEIRO RURAL.