Rio, 28/6 – Os preços dos alimentos subiram 0,30% no Índice de Preços ao Produtor (IPP) de maio, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas não foram destaque nos maiores impactos de baixa ou alta. A variação dos preços mostrou efeito da safra de cana e de uma acomodação do setor de carnes após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), que investiga fraudes no controle sanitário. “É raro alimentos não aparecer entre os quatro principais destaques”, disse Alexandre Brandão, gerente do indicador do IPP, lembrando que a atividade de alimentos tem peso de cerca de 22% no indicador.

A alta de 0,30% em maio foi o primeiro resultado positivo no ano. No acumulado de 2017 a variação se mantém negativa (-4,42%). Na comparação anual, a variação de 0,87% entre maio de 2017 e maio de 2016 é a menor desde novembro de 2014 (0,66%).

“Entre os produtos destacados, três (“produtos embutidos ou de salamaria de carnes, não integrado ao abate”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “açúcar refinado de cana”) aparecem tanto em termos de variação quanto de influência”, diz a nota divulgada pelo IBGE.

Segundo Brandão, o açúcar foi destaca de baixa, ficando mais barato por causa do início da safra de cana. Já no caso das carnes, o impacto foi de alta. Passados os efeitos de baixa após a Operação Carne Fraca, os preços passaram por uma acomodação, disse o pesquisador do IBGE.