São Paulo, 06 – O volume de carne bovina in natura que a JBS exportou pela Argentina em 2016 cresceu 7% ante o ano anterior. A empresa não informou o volume, alegando questões estratégicas. A JBS está presente na Argentina desde 2005 e é líder de mercado com uma planta frigorífica em Rosário, em Santa Fé, e um centro de distribuição em Buenos Aires. “Temos investido na região o equivalente a US$ 40 milhões para aumentar a nossa capacidade de produção no país. Em relação aos processados, por exemplo, já tivemos uma ampliação na capacidade de produção de salsichas, nuggets e hambúrgueres”, afirmou, em nota, Gustavo Kahl, Coordenador Regional para o Cone Sul da JBS e presidente da JBS Argentina.

Segundo Kahl, a expectativa da abertura de novos mercados, como o do os Estados Unidos – esperada para o primeiro trimestre deste ano -, a recomposição do rebanho bovino, o reposicionamento da carne argentina no mercado externo e a evolução da produtividade e da eficiência operacional devem apoiar a consolidação da liderança da companhia no país. A JBS recebeu em dezembro reconhecimento dos Ministérios de Produção e de Relações Exteriores da Argentina como maior exportadora da indústria frigorífica no país. A empresa tem capacidade de abate de 500 mil cabeças por ano em sua planta de Rosário e envia 30% de sua produção de carne bovina in natura para China, Chile, Europa e Israel.

O governo do presidente Mauricio Macri renovou as esperanças da pecuária argentina. Em novembro de 2015, Macri adotou uma série de medidas para estimular o agronegócio no país, como a redução de impostos de exportação e a desvalorização do peso. Pecuaristas passaram a reter mais fêmeas para aumentar o rebanho nacional, depois que restrições impostas pela ex-presidente Cristina Kirchner tiraram a nação da lista dos principais exportadores da proteína. De acordo com os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2005, a Argentina foi o terceiro principal exportador de carne bovina do mundo, com 762 mil de tonelada equivalente carcaça (TEC). Já em 2014, o país recuou para a décima posição, com 197 mil TEC.

De janeiro a novembro de 2016, o país exportou 142,5 mil toneladas de carne bovina resfriada, congelada e processada, uma alta de 12,5% ante o mesmo período de 2015, segundo o Instituto de Promoção da Carne Bovina da Argentina (IPCV, na sigla em espanhol). O principal comprador foi a China (50,86 mil t).