São Paulo, 08/02 – A Syngenta, fabricante suíça de sementes e agrotóxicos, reportou lucro líquido de US$ 1,178 bilhão no exercício de 2016, com queda de 12% ante os US$ 1,339 bilhão do ano anterior. O resultado equivale a US$ 17,03 de retorno por ação, 4% inferior aos US$ 17,78 repassados aos acionistas em 2015.

Em 2016, a receita da Syngenta somou US$ 12,790 bilhões, equivalente a uma retração de 5% sobre os US$ 13,411 bilhões em 2015. Se descontada a variação cambial no período, o resultado foi inferior em 2%.

O Ebitda, lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciações e amortizações, também foi pressionado pelo dólar mais valorizado, e recuou 4% ante os US$ 2,777 bilhões de 2015, para US$ 2,659 bilhões no ano passado. Considerando taxas de câmbio constantes, o resultado foi 2% superior. A margem Ebitda ficou praticamente estável de 20,7% para 20,8% na comparação anual.

“Em 2016, a Syngenta mostrou um desempenho resiliente considerando outro ano difícil para a indústria agrícola, com preços menores e rentabilidade do produtor sob pressão em muitas áreas”, disse o diretor executivo da Syngenta, Erik Fywarld, em relatório.

Ele afirmou também que está sendo feito um bom progresso na aprovação regulatória da proposta de compra de US$ 43 bilhões do fabricante suíço pela ChemChina e que espera fechar o negócio no segundo trimestre. “Cada dia estamos mais confiantes”, disse Fyrwald em entrevista, depois que a companhia divulgou seus resultados de 2016.

A Syngenta disse que recebeu aprovação regulatória de 13 autoridades e que estão pendentes aprovações do Brasil, Canadá, Índia, México, Estados Unidos e União Europeia. A Comissão Europeia, reguladora antitruste do bloco, se deu como prazo para decidir sobre o negócio o dia 12 de abril. Mas, para Fyrwald, esta decisão pode ser divulgada até antes desta data.