Ao dar posse nesta quarta-feira, 26, a três novos diretores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que a empresa é “o melhor cartão de visitas” do País mundo afora. Ele, porém, se disse preocupado com o futuro da companhia.

Segundo explicou, o agronegócio está em constante transformação e a Embrapa precisa estar focada para que seus conhecimentos não fiquem defasados. “E no momento temos um inconveniente”, reconheceu. “Quando deveríamos ter bilhões para investir, temos menos recursos, mais dificuldades.”

A situação decorre da crise “violentíssima” pela qual passa o País. E por haver feito dois processos de impeachment “que não deveriam ter sido feitos”. Mas, lembrou ele, o Brasil já quebrou outras vezes e se reergueu. “Diante da falta de dinheiro para pesquisas, a Embrapa deve planejar”, orientou.

A tecnologia produzida pela Embrapa é pública, ressaltou o ministro. Por isso, o agronegócio brasileiro não depende da tecnologia comprada das empresas internacionais. “Eu não quero ser integrado de multinacional”, afirmou.

Os diretores empossados hoje são: Lúcia Gatto, Cleber Oliveira Soares e Celso Luiz Moretti. A escolha se deu sem interferência política, segundo ressaltou o ministro.