São Paulo, 20/9 – Começa nesta quarta-feira, 20, o vazio sanitário para feijão e algodão nas lavouras de Minas Gerais, período em que os produtores ficam proibidos de cultivar ou manter plantas vivas das duas culturas mesmo que remanescentes da safra anterior. Por iniciativa do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a medida tem o objetivo de prevenir e erradicar pragas e doenças nas plantações. A ação vai durar 60 dias, no caso do algodão em pluma, e servirá para evitar a ocorrência da praga do bicudo. Já para o feijão, a medida tem previsão de durar 30 dias, para combater o mosaico-dourado e a mosca-branca.

Apenas o plantio em algumas áreas para pesquisa e produção de sementes genéticas e cultivo de sementes básicas, originadas da multiplicação de sementes genéticas, são permitidas pelo órgão durante o vazio. Cerca de 170 fiscalizações estão previstas para as duas culturas neste período. Caso sejam detectados quaisquer tipos de inconformidade durante as fiscalizações realizadas pelo IMA, o produtor é notificado e tem um prazo máximo de dez dias para erradicar as plantas presentes na propriedade.

“As fiscalizações realizadas pelo órgão representam a garantia de que os produtores rurais estão cumprindo o vazio sanitário para essas duas culturas”, afirma o gerente de Defesa Vegetal do IMA e também agrônomo, Nataniel Diniz Nogueira. Ele lembra que os produtores que não regularizarem sua situação após a notificação estarão sujeitos a multa que poderá chegar a 1.500 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs), o equivalente a cerca de R$ 4.877,01.

Segundo o especialista, o cumprimento do período do vazio traz benefícios para os produtores, com a redução dos ataques das pragas e diminuição da quantidade de agrotóxicos utilizados para fazer o controle das mesmas. “A estimativa é de redução em 20% na quantidade de agrotóxicos utilizada nessas duas culturas a partir do vazio sanitário”, diz Diniz.