Rio, 11/07 – A produção nacional de feijão totalizará 3,286 milhões de toneladas este ano, uma queda de 1,9% em relação ao previsto no mês anterior, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgado nesta terça-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estimativa para a área a ser colhida diminuiu 0,5%, enquanto o rendimento médio encolheu 1,4%. Os maiores produtores são Paraná (com uma participação de 22,0%), Minas Gerais (16,5%) e Goiás (9,8%).

A primeira safra de feijão foi estimada em 1,6 milhão de toneladas, uma diminuição de 0,4% na produção frente a previsão de maio. A diminuição foi puxada pela Região Nordeste, onde houve perda de 8,1 mil toneladas, 1,9% a menos que em maio.

A segunda safra de feijão deve somar 1,2 milhão de toneladas, uma queda de 3,9% ante o levantamento de maio, devido a uma redução de 4,0% no rendimento médio. No Paraná, a produção encolheu 13,8%, acompanhando a diminuição de 13,9% no rendimento médio como consequência de adversidades climáticas: geadas no fim de abril, baixas temperaturas nos meses de maio e junho, e excesso de chuvas por ocasião da colheita.

Os mesmos problemas ocorreram em Santa Catarina, com diminuição de 5% na expectativa do rendimento médio e queda de 19,9% na área a ser colhida, o que resultou em redução de 23,9% na estimativa de produção em relação ao mês anterior.

Já a terceira safra de feijão tem previsão de colheita de 462 mil toneladas, 1,4% menos que o estimado em maio, uma perda de 6,7 mil toneladas. Minas Gerais teve redução de 2,4% na estimativa da produção, enquanto Goiás apresentou queda de 1,8% em relação a maio.

Cebola

A estimativa para a produção nacional de cebola deste ano alcança 1,7 milhão de toneladas em junho, um aumento de 5,7% em relação ao mês anterior. A área plantada e a área a ser colhida tiveram retração de 0,5%, mas o rendimento médio aumentou 6,1%. Ao todo, o País deve produzir 90,6 mil toneladas a mais de cebola do que o previsto em maio.

Em Santa Catarina, maior produtor, responsável por 30,1% do total nacional, o clima ajudou o desempenho das lavouras, ressaltou o IBGE. O rendimento médio passou de 22.057 kg/ha em maio para 24.661 kg/ha em junho, um aumento de 11,8%, apesar da redução de 1,6% na área plantada e na área a ser colhida. A produção esperada em 2017 deve alcançar 509,4 mil toneladas, alta de 10,0% em relação ao mês anterior.

A Bahia, segundo maior produtor, terá produção de 299,4 mil toneladas, retração de 0,3% em relação ao mês anterior. Goiás também revisou a produção, que deve totalizar 135,3 mil toneladas, um aumento de 30,2% ante maio.

Batata-inglesa

A produção de batata-inglesa deve chegar a 4,1 milhões de toneladas este ano, aumento de 2,6% em relação ao estimado em maio, prevê o IBGE.

A área plantada e a área a ser colhida tiveram aumento de 1,9%, enquanto o rendimento médio teve crescimento de 0,6%. Segundo o IBGE, as lavouras exigem clima ameno, boa disponibilidade de água durante o ciclo e rigoroso controle de pragas e doenças.

A estimativa da produção da primeira safra foi de 2 milhões de toneladas, um aumento de 1,6% em relação à previsão do mês anterior. A segunda safra alcançou 1,2 milhão de toneladas, aumento de 4,5%. Já a terceira safra foi estimada em 909,2 mil toneladas, crescimento de 2,3%.

Amendoim

O IBGE prevê que a safra nacional de amendoim em casca somará 541,2 mil toneladas este ano, um salto de 21,3% em relação à estimativa de maio. A área a ser colhida soma 149,4 mil hectares, alta de 8,8% ante maio, enquanto o rendimento médio alcançou 3.622 kg/ha, avanço de 11,4% em relação à estimativa anterior.

São Paulo, maior produtor do País, com participação de 92,5% no total nacional, espera uma produção de 500,8 mil toneladas, avanço de 23,5% ante a previsão de maio. A área a ser colhida será de 130,1 mil hectares, 10,1% maior, e o rendimento médio ficará em 3.851 kg/ha, alta de 12,1%.

As condições climáticas favoráveis e o aumento do plantio do amendoim em áreas de renovação da canaviais antigos foram fundamentais para o aumento da produção, segundo o IBGE.