São Paulo, 25/07 – Os produtores de café de Minas Gerais estão apostando em certificação, para agregar valor à produção. Os primeiros produtores de café certificados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e pela organização holandesa UTZ receberam nesta segunda-feira, 24, em Poços de Caldas, os certificados emitidos pelas duas entidades. Até o momento, o IMA e UTZ já certificaram 31 produtores e outros estão em fase de adequação às normas para requerer a mesma certificação.

O certificado recebido pelos produtores é resultado de uma parceria entre o Programa Certifica Minas Café (CMC), do governo dO Estado, e a UTZ, uma das maiores organizações de certificação do mundo. A logomarca da UTZ está presente em mais de 13 mil marcas de produtos em 130 países. O número de certificações UTZ em 2016 foi suficiente, por exemplo, para a produção de 38 bilhões de xícaras de café.

Para conceder o seu selo, a UTZ reconheceu a equivalência entre a sua certificação e aquela realizada pelo CMC. “A posse desse certificado concede aos cafeicultores um novo e importante valor agregado que confere à sua produção maior competitividade e acesso aos mercados nacional e internacional, inclusive possibilitando melhores preços para o seu produto”, informa o IMA, em comunicado.

Essa certificação da UTZ é gratuita. Conforme o IMA, se fosse fazer por uma empresa privada cada produtor gastaria, em média, R$ 5 mil. Os produtores certificados até o momento respondem por uma área produtiva de cerca de 7 mil hectares de café.

Para receber o certificado os produtores passaram por auditoria realizada pelo IMA e cumpriram 28 itens obrigatórios. Entre as normas obrigatórias se incluem a exigência de condição sanitária comprovada dos viveiros comerciais de café existentes na propriedade, o não desmatamento na área, o tratamento de resíduos poluentes de atividades agroindustriais, a proibição do uso de mão de obra infantil e a outorga da água usada na irrigação.