São Paulo, 22/5 – A produção brasileira de café na safra 2017/18 (julho-junho), em fase inicial de colheita, deve alcançar 52,1 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde a uma queda de cerca de 7% (4 milhões de sacas) em comparação com o período anterior (56,2 milhões de sacas). As projeções são do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no Brasil, divulgadas em relatório anual.

A produção de arábica em 2017/18 deve atingir 40,5 milhões de sacas, uma queda de 11% em relação à safra anterior, uma vez que a maioria das áreas produtoras está no ciclo negativo da produção bienal (o café alterna ano de safra cheia com outro de safra menor). No entanto, “o florescimento adequado e as boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras devem contribuir para os bons rendimentos esperados”, diz o USDA.

A safra de robusta está estimada pelo USDA em 11,6 milhões de sacas, 1,1 milhão de sacas a menos ante 2016/17. “Em virtude do contínuo déficit hídrico, os cafezais do Espírito Santo não recuperaram totalmente o potencial produtivo de anos anteriores”, observa o USDA.

Na quinta-feira passada (18), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a segunda pesquisa sobre a safra brasileira de café 2017/18, a qual foi estimada em 45,5 milhões de sacas, representando uma redução de 11,3% em comparação com as 51,4 milhões de sacas de 2016/17. O café arábica, que corresponde a cerca de 78% do total produzido no País, deve recuar 18,3%. A produção deve atingir 35,4 milhões sacas. Já a safra de conilon, que responde por 22% do total produzido, deve registrar crescimento de 26,9% em relação ao ciclo anterior, com uma produção estimada de 10,1 milhões de sacas.

Com relação ao consumo interno, o departamento norte-americano projeta volume estável em 2017/18 (20,66 milhões de sacas, das quais 19,55 milhões de sacas em café torrado e moído e 1,11 milhão de sacas em café solúvel), em comparação com o período anterior. O resultado reflete “o abrandamento da economia brasileira e a mudança de padrões de consumo”.

A exportação brasileira de café, a maior do mundo, em 2017/18 também deve ficar estável, a 33,03 milhões de sacas (29,4 milhões de sacas de grão verde e 3,6 milhões de sacas em café solúvel), ante o período anterior.

O estoque de café no Brasil deve alcançar 3,88 milhões de sacas ao fim do período 2017/18, uma redução de 1,53 milhão de sacas em relação à safra anterior, por causa da “menor produção esperada”, conclui o USDA.