São Paulo, 23/5 – A produção de café do Vietnã na safra 2016/17 (outubro a setembro) foi revisada para baixo, de 26,7 milhões de sacas de 60 kg para 26 milhões de sacas, queda de 2,6%, por causa de chuvas incomuns durante o período de colheita, que resultaram em perdas na produção de robusta. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório anual sobre a cultura no país.

O USDA estima que a safra de café 2017/18 do Vietnã, segundo maior produtor mundial, atrás apenas do Brasil, deve se recuperar e alcançar 28,6 milhões de sacas, um aumento de cerca de 10% ante o período anterior, em virtude do clima favorável, por enquanto. “Chuvas que começaram entre janeiro e março contribuíram para que os cafezais tivessem uma floração precoce”. Além disso, a melhora na cotação internacional do café estimulou adequado investimento dos cafeicultores em tratos culturais, como aplicação de fertilizantes.

O departamento norte-americano destaca que, nos últimos 2 a 3 anos, os produtores vietnamitas trocaram o cultivo de café por outras culturas mais rentáveis, como pimenta preta, abacate e até maracujá. “Esta mudança reduziu área do café, em particular na região de Dak Lak, cujas terras agricultáveis são limitadas”. O USDA observa, no entanto, que a concorrência de culturas com o café já está mudando, pois o preço da pimenta preta, por exemplo, começou a cair, já no ano passado.

A exportação de café do Vietnã em 2016/17, incluindo grãos verdes, torrado e moído e solúvel, foi revisada pelo USDA de 26,05 milhões de sacas para 26,55 milhões de sacas, com expectativa de aumento do embarque de grãos verdes.