São Paulo, 11/5 – A SLC Agrícola informou nesta quinta-feira, 11, em teleconferência com analistas e investidores que a emissão de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) está nos planos da empresa para o segundo semestre. “Alguns anos atrás a gente estudou essa alternativa; era uma alternativa ainda cara, mas hoje, com o mercado entendendo melhor como funciona essa linha de financiamento e com o fato de ter uma vantagem fiscal para pessoa física, a gente vê que as taxas já ficaram bem mais atrativas e propiciam hoje a gente conseguir talvez fazer um CRA a uma taxa menor do que CDI mais 1%, então essa é a nossa estratégia para o segundo semestre de 2017”, disse Ivo Marcon Brum, diretor financeiro e de Relações com Investidores da SLC.

Funrural

Brum acrescentou que a empresa tem acompanhado de perto as discussões sobre o Funrural. Ele esclareceu que, para a companhia, a questão mais importante é uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que autorizaria a cobrança de Funrural sobre exportações.

“Isso é uma mudança bastante forte no nosso entendimento, mas somente vai impactar as exportações diretas. As exportações indiretas, via trading, já são influenciadas hoje; a gente já paga Funrural sobre as vendas locais e sobre as vendas indiretas. Sobre as diretas, a gente não estava pagando porque isso não estava previsto em lei”, ponderou.

O executivo ressaltou, contudo, que, se a PEC passar, isso deve aumentar a tributação para a companhia. “O ônus vai ficar todo para o produtor. O produtor vai pagar o Funrural, a trading vai exportar e continuará isenta de tributação, então isso é um item que nós estamos acompanhando.”