Você já teve que chegar atrasado num compromisso e ouviu a expressão “chegou cedo pra amanhã”? Pois a frase, geralmente carregada de ironia, pode fazer sentido na nossa pecuária. Explica-se. 2016 foi um ano truncado para a intensificação da atividade com a alta dos custos, mas ainda teve propriedade com bom resultado no confinamento. Como? É exatamente o que trouxe a 10ª temporada da série Rota do Boi, que foi ao ar durante o Giro do Boi entre 26 e 30 de setembro. Com as matérias, o pecuarista pode tomar conhecimento de dicas de bons confinamentos que o estado de Goiás abriga e, ao invés de chegar atrasado para 2016, pode chegar cedo para confinar em 2017. Logo no começo do ano podem ser adotadas práticas para planejar as atividades no cocho à revelia da conjuntura econômica. Na visita da equipe de reportagem ao Confinamento Santa Bárbara, em Goiatuba, sudoeste goiano, foi observado que a definição dos insumos a serem usados durante o ano ocorre nos primeiros meses. “Às vezes nossa estratégia nutricional privilegia menos o resultado zootécnico, menos o ganho de peso, em detrimento de ganhar mais dinheiro, de deixar mais resultado econômico. Em um ano igual a 2016, em que a matéria-prima esteve mais cara e com baixa qualidade, a gente privilegiou dieta mais pobre para ganhar menos em resultado zootécnico e deixar mais margem financeira. Isso a gente define cedo, no começo do ano. A gente traça quais as matérias-primas mais interessantes, o preço de entrada (da reposição), qual o peso ideal de abate para ter melhor desempenho. Depois vem a execução”, conta o consultor Eduardo Batista.

Na execução, mais uma medida fundamental para garantir os resultados é conhecida.O consultor Eduardo Batista, que também presta serviços à Agropecuária Jean Darrot, em Trindade, a 30 km de Goiânia, fala sobre a diferença que a boa gestão faz na propriedade.

“A gente não tinha números para gerir e tomava as decisões com base no feeling. Hoje,todas as informações, como o peso de entrada, consumo de matéria seca, peso de saída e rendimento de carcaça são levantadas e utilizadas para basear as decisões de um ano para o outro. A gente tem uma fotografia do confinamento e consegue até ter a data estimada dos embarques”, detalha.

Além das propriedades já citadas, a equipe do Giro do Boi visitou outras duas propriedades em Goiás: Lasa Agropecuária, em Ipameri, e Confinamento MP, em Formoso. Veja abaixo os destaques das reportagens gravadas.

Agropecuária Jean Darr ot e o “ponto do boi”

Na fazenda em Trindade, a intenção é aproveitar as oportunidades oferecidas. O reservatório de água é localizado no ponto fermenmais alto da propriedade, uma estrutura que se vale da declividade do terreno para facilitar a distribuição por gravidade. A inclinação também auxilia na dispersão das águas das chuvas e minimiza a formação de lama, que prejudica o desempenho dos animais. Segundo o gerente administrativo Clayson Santana Freitas, os bois ficam em média 90 dias no cocho ganhando aproximadamente 1,7 kg por dia. Para checar se os números são satisfatórios, é feito um checklist diário de fornecimento e consumo através do programa Feed Manager, cujas análises são feitas por consultoria especializada.

“Agente analisa também a eficiência da fabricação, se o pazeiro está errando. A margem máxima de erro é de 5%. A dieta pode ser bem feita no computador, mas se o fabricador está errando, não adianta”, lembra Batista, alertando para o potencial gargalo.

Com base nas informações, a propriedade definiu seu próprio “ponto do boi”, o momento ótimo para o abate. O ponto é representado graficamente pelo encontro de duas linhas: a evolução da oferta de ração desde a etapa de adaptação da boiada e o consumo. Quando a linha do consumo de matéria seca encosta no pico da meta de fornecimento,é chegada a hora de embarcar os bois à indústria. “Se passar um dia depois deste ponto, começa a gerar prejuízo”, esclarece o repórter Marco Ribeiro.

Ponto do boi:

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Gráf ico mostra na linha pontilhada o fornecimento de matéria seca. Na linha contínua, está o consumo dos animais. Quando o consumo se encontra com a meta máxima de fornecimento, é chegada a hora do abate. E a ferramenta que garante à propriedade a entrega da boiada durante o seu máximo desempenho econômico é a comercialização do boi a termo. “Essa antecipação da venda tira a preocupação do pecuarista de ficar à mercê do mercado. Se ele tem um grande volume de boi gordo e não tiver feito negociação, pode ter que abater quando as escalas estão cheias, então terá que gastar mais com diárias em confinamento, cujos tratos estão caros”, destaca o gerente regional de originação da JBS em Goiás, Hélio Gomes. Lasa Agropecu ária e a gest ão integra da Na Lasa Agropecuária, ao sul de Goiás em Ipameri, o boi complementa a produção
e industrialização da soja, a produção de álcool de cana de açúcar e a usina hidrelétrica com capacidade para gerar 3 MW por hora. Isto porque parte dos subprodutos, como o bagaço de cana e a casca de soja peletizada, é usada para nutrição dos animais em confinamento.

A estratégia para garantir margem com a boiada é contabilizar o custo desta matéria-prima e fazer uma boa reposição. Já dentro dos cochos, a estrutura assegura o desempenho dos animais. O bebedouro é posicionado no piquete a uma distância adequada do cocho, assim o focinho não suja demasiadamente o tanque, o que facilita a limpeza e diminui a quantidade de água usada no processo de lavagem. Antecedendo o cocho, um “pé de boi” cimentado entre 2 e 2,5 metros mantém o animal em um nível adequado para acessar a ração, sem compactação nem necessidade de o boi levantar a pata dentro do cocho para comer. Tais medidas potencializam o consumo e colaboram para o bom desempenho. “A gente também reduz gastos futuros com a manutenção”, complementa Leonardo Teixeira. Nas palavras do gerente, mais importante do que a nutrição balanceada é a gestão do confinamento. A granulometria e a homogeneidade da dieta são observadas para que o consumo seja uniforme. Os cinco tratos diários são distribuídos em horários e volumes variados conforme a leitura do cocho: 20% às 07h, outros 20% às 09h, 15% às 13h30 para evitar que o sol forte fermente e deixe a ração menos palatável, mais 20% às 14h30 e o maior volume, 25%, às 16h30, para que não falte comida de um dia para o outro. Além do desempenho, a genética Angus também é utilizada como ferramenta para capturar mais valor pelos animais comercializados. “A única forma de ter valor maior no nosso produto, que é arroba, é produzir qualidade”, salienta Teixeira.

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Santa Bárbara : o sucesso da agricultura e do confinamento

A fazenda de agricultura que virou confinadora de sucesso. Na propriedade em Goiatuba, sudoeste goiano, um pivô central intensifica a recria e prepara os animais para o cocho. Para a engorda, a lavoura provém ingredientes imprescindíveis.

No confinamento, os dejetos viram adubo para as áreas de plantio, reduzindo em até 30% a aquisição de fertilizantes e viabilizando a produção de dez sacas de milho a mais do que as áreas que não recebem o insumo. Parte destes grãos volta aos cochos e praticamente todo ingrediente energético fornecido aos animais vem de dentro da porteira. Por esta razão, o planejamento é traçado com base na previsão de colheita. Depois, é definido que tipo de proteinado deve ser comprado. Estas informações, aliadas ao preço da reposição, definem quanto tempo no cocho os bovinos devem permanecer. O consultor Leonardo Marques detalha o sistema. Os animais de recria são adquiridos em um raio de até 200 km da propriedade. Quando chegam, vão para a recria, onde consomem até 3% do peso vivo em ração com proteinado e adaptam o rúmen à dieta mais energética. O período serve para também para que os indivíduos se acostumem aos seus colegas de piquete.

“Chegam no cocho ganhando peso”, comemora Marques. No confinamento, a avaliação é que quanto mais linear a curvatura de desempenho do consumo, melhor é o resultado.

“A gente elabora a dieta conforme a programação do abate. Não adianta ganhar 1,8kg por dia se compromisso é entregar a boiada daqui a 100 dias, senão esse boi vai ficar comendo mais do que precisa”, ressalta o consultor. Mais uma vez aqui, a negociação do boi a termo é fundamental para a previsibilidade da renda, garantindo o lucro.

Confinamento MP: o descarte que virou solução

Na propriedade localizadaem Formosa, 280 km de Goiânia, a gestão do Confinamento MP, do produtor Mário Pinto, acontece em tempo real, desde informações básicas de desempenho até detalhes como prazo de carência de medicamentos para enviar os animais ao abate. “Nós sabemos que pode gerar problema sanitário e, enquanto produtores, temos obrigação de zelar por essa informação.

Afinal, exportamos carne, gerando riqueza para o Brasil. Por um detalhe que deixamos escapulir, podemos prejudicar nossos (pecuaristas) companheiros, como todo o País. Por isso esse controle é levado muito a sério”, reforça o pecuarista Mário Pinto Júnior, filho do titular da propriedade. O controle minucioso das informações se dá pelo volume de abate, pois o confinamento é ativo 365 dias no ano. O compartilhamento de dados também é destaque. Um servidor central reúne as informações, possibilitando até o embarque automatizado. “O processo começa quando o caminhão chega à guarita, tem sua entrada cadastrada, passa pela balança, que registra data, hora e peso vazio. Depois que o registro dos animais é feito, é realizada uma conferência para saber se estão aptos ou não para a exportação, se estão com manejo sanitário em dia e aptos para sair da fazenda. Depois seguem para o embarque, passando pela pesagem, e o procedimento finaliza na hora em que o caminhão sai pela portaria. São várias pessoas envolvidas e utilizando informática, câmeras, enfim, todas as ferramentas que a tecnologia nos fornece”, especifica Mário Pinto Júnior.

Uma das boas sacadas dos gestores foi encontrar função para os dejetos. O licenciamento para o confinamento exige destinação adequada do esterco, mas a solução encontrada, além de ecologicamente correta, tornou-se fundamental para a produtividade: uma fábrica de fertilizantes foi construída e rendeu resultados expressivos. Nas áreas de recria, as pastagens que receberam o insumo tiveram avanço de cinco vezes na capacidade de suporte, saindo de três mil para 15 mil animais por ano. O impacto também foi positivo em relação à sanidade.

Os animais agora passam mais saudáveis pela recria, economizando até 60% do valor gasto com medicamentos, usados principalmente no tratamento da pneumonia. Já a mortalidade caiu de 1% para 0,65%, com meta de recuar até 0,5%.

A produção excedente de adubo é comercializada com outros sete estados. Em alguns casos, a negociação é baseada no modelo de troca. Em 2016, por exemplo, 45 mil sacas de milho foram adquiridas pelo Confinamento MP pela troca com fertilizantes. “(É importante) Principalmente em um ano como esse, com o milho disparado. O que era algo que gerava despesa e dificuldade, hoje é fonte de receita. O esterco faz parte da composição do resultado final da engorda”, celebra Mário Pinto Júnior.

ROTA DO BOI
A série de cinco reportagens está à disposição para visualização no site do Giro do Boi, em sessão dedicada à Rota do Boi. O material, produzido com as imagens do cinegraf ista Antônio Alencar, auxílio técnico de Islaudo Lopes, editado e finalizado por Jonatas Pimenta e Alan Petrillo e com reportagem de Marco Ribeiro, pode ser acessado em girodoboi.com.br.

Por que os preços se adaptam aos mais produtivos?
Em entrevista ao Giro do Boi, Maurício Nogueira, da Agroconsult, explica como os pecuaristas de ponta influenciam o valor da arroba pela maior capacidade em atender a demanda

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O engenheiro agrônomo e diretor de pecuária da Agroconsult, Maurício Palma Nogueira, coordenador do Rally da Pecuária, esteve no Giro do Boi em outubro para comentar a repercussão das informações coletadas pelo projeto em 2016. Entre os pontos abordados, Nogueira explicou como os pecuaristas de ponta, aqueles que produzem mais arrobas por unidade de área, orientam a formação do preço da arroba.

“Quem define o preço do boi? É oferta e demanda. A demanda é a mesma para todo mundo. O grupo que oferta mais é o mais produtivo, com condição financeira melhor, então aguenta preços mais baixos, aí o preço do boi tende a se adaptar a esse grupo. Se eu não estiver no nível dele ou próximo, a minha condição vai começar a ficar inviável”, alertou. “Se projetarmos para um produtor de média produtividade nacional ganhar o mesmo que ganha um de alta produção, que produz acima de 40@/ha/ano, que preço teria que ser pago? Não cabe no mercado, então eu tenho que ir para a produtividade”, completou.

Para aprofundar a questão entre os dados coletados pelo Rally da Pecuária, foram separados grupos de produtividade, que mostrou que apenas 12% dos pecuaristas mais produtivos entregaram 36% do volume total de arrobas para as indústrias. Uma escala mais abrangente aponta que os 20% mais produtivos comercializaram 50% de todas as arrobas.

OS QUATRO OBJETIVOS DA PECUÁRIA

Nogueira lembrou ainda que os dados estipulam que, dos 1,7 milhão de pecuaristas existentes no Brasil (segundo o Censo Agropecuário do IBGE -2006), apenas 300 mil, ou 17%, têm atualmente condição de competir no mercado da pecuária de corte. Destes, 50 mil, ou menos de 3% do universo total, buscam ferramentas para aumento da produtividade.

Para quem ainda precisa intensificar a fazenda e se aproximar deste grupo com condições de competir, Maurício apresentou uma simples receita. Segundo o agrônomo, a resposta para cada um dos objetivos a seguir leva à definição do melhor sistema de produção. São eles:

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“A consultoria, na maior parte das vezes, é acionada pela falta de disciplina dos produtores. Ela devia ser acionada para levar alguma informação para a qual o produtor precise de ajuda. Para cumprir estes objetivos, ele não precisa de ajuda”, afirma Nogueira. O diretor da Agroconsult disse que apesar de a produtividade média nacional ter evoluído nos últimos anos, os pecuaristas de ponta se distanciaram. “O grupo de cima vai ter capacidade de oferta maior que a média, então o preço vai se adaptar a eles sempre”, disse o agrônomo, reforçando a importância do aumento da capacidade produtiva dentro da mesma unidade de área.

CONFINAMENTO

Embora o ano tenha sido complicado para a viabilidade econômica da terminação em cocho, Maurício lembra que uma parcela do público presente no Rally da Pecuária teve rentabilidade antecipando o fechamento de contratos e, deste modo, protegendo sua produção com alguma forma de hegde. “A intensificação como um todo é ótima, só que ela aumenta o risco. Isto acontece porque eu preconizo que vou ganhar pouco em uma escala muito grande. Então se o mercado inverter, eu multiplico o prejuízo. Por isso eu tenho que fazer gestão de risco nestas fazendas”, recomendou. Analisando a queda de intenção no confinamento estratégico, Maurício lamenta a redução do pacote tecnológico que acontece juntamente a este processo, mas admitiu a dificuldade do pecuarista em contornar a situação e indicou uma solução. “É muito fácil para nós analisarmos, pois estamos vendo o todo. Para quem está no dia a dia, eu sei que é mais difícil tomar esta decisão. Por isso, o pecuarista, como todo empresário em qualquer ramo, deve separar um tempo para pensar em sua estratégia”, concluiu.

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INTERCORTE
Araguaína-TO sedia última etapa do circuito em 2016

A quinta e última etapa do Circuito Intercorte 2016 foi realizada em Araguaína-TO entre 19 e 20 de outubro.Somando-se às
demais etapas (Cuiabá-MT, São Paulo-SP, Campo Grande-MS e Ji-Paraná-RO) mais de 8 mil visitantes foram impactados pelo tema “Pecuária de Ponta a Ponta”. O projeto deve voltar em 2017 com novidades a serem anunciadas em breve.

“A gente tem muito hábito de olhar para o boi. E quando agente olha só para o boi, às vezes esquece o capim ”. Bruno Carneiro e Pedreira, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril.

“Aumentar velocidade da pecuária é como aumentar a velocidade de um carro . Se você com eça a andar mais rápido, você precisa pilotar melhor.” Fábio Dias, diretor de relacionamento com o pecuarista da JBS , afirmando que gestão tem sido umdos principais assuntos abordados nos eventos de pecuária de corte no Brasil.

Em algumas regiões, os agricultor es têm ajudado a manter o preço das categorias de reposição porque estão começando a formar rebanhos ”. André Pessôa, titular da Agroconsult, fala sobre um dos impactos da entrada dos agricultores na atividade pecuária de corte, em que geralmente formam rebanhos consideráveis.

“Na prática , go vernança é a criação de regras e ferram entas de gestão que vão dar suporte para que a fazenda seja toca da como uma empresa ”. Daniel Pagotto, da Tratto Consultoria, recomendando a adoção de práticas de governança para um que a sucessão seja bem realizada na fazenda.

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Giro pelo mundo
Giro pelo Mundo: produção de grãos

Contrariando expectativas de boa parte dos meteorologistas, a ocorrência do fenômeno La Niña não se confirmou e os Estados Unidos colherão safra recorde de soja e milho. Deste modo, o cenário para o final de 2016 e começo de 2017 será diferente do começo deste ano, quando a alta do câmbio no Brasil impulsionou as exportações e os preços estiveram altos durante boa parte do ano. Agora, a expectativa é de uma boa colheita e que os principais países produtores estejam bem ofertados, com manutenção de patamares mais baixos de valores para os grãos. Então, a menos que haja imprevisto de plantio no Brasil ou, ainda, na colheita nos Estados Unidos, o confinador pode esperar pela boa notícia, que é a queda dos preços nos próximos meses. Além da boa produção, a abertura do mercado brasileiro para importação de milho dos Estados Unidos e da Argentina também pressiona para baixo a cotação do cereal, configurando bom cenário para o pecuarista que deseja intensificar sua terminação em 2017.

ROTA DO BOI
Série de reportagens chegará à 12a temporada ao final de 2016

A série Rota do Boi tem ainda lenha para queimar no final de ano dentro da grade de programação do Giro do Boi pelo Canal Rural. Antes do final de 2016, outras duas temporadas vão ao ar. Além da série produzida em Rondônia, exibida entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro, ao final do mês de novembro, a Rota do Boi do Rio Grande do Sul também preencherá uma semana completa na grade da atração matinal. Ao todo, serão 12 temporadas da série produzidas entre 2015 e 2016.

BOI EM QUEDA ?
Observação de praças além da referência São Paulo mostra arroba em alta

O estado de São Paulo é um importante mercado para a formação de preço do boi gordo, pois mesmo não figurando entre os principais produtores de gado de corte, é o maior centro de consumo do País, daí ser utilizado com principal referência. Mas quando o pecuarista analisa o preço do boi gordo em outras praças, a situação não é exatamente a mesma da capital de SP. Ao final de outubro, por exemplo, a arroba em queda em São Paulo não se refletia em outros estados brasileiros, que atingiam o preço mais alto do ano. O gerente da mesa de boi a termo da JBS, Felipe Assarisse, apontou a oportunidade em participação no Giro do Boi. “As regiões se comportam de maneiras distintas ao longo do ano por terem oferta e demanda específicas, regimes fiscais diferentes e também tratam de forma particular tarifas de comércio para demais estados. Daí a importância de olhar para os mercados locais”, resumiu.
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