O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, detalhou nesta terça-feira, 16, que 3,5 milhões de trabalhadores ainda estavam garantidos pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) em janeiro. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou saldo positivo recorde de 260.353 carteiras assinadas no primeiro mês do ano.

“Em março, 3 milhões de trabalhadores ainda estão protegidos pela garantia de manutenção de emprego do BEm, e em agosto ainda serão 1,5 milhão de trabalhadores com essa garantia”, completou Dalcolmo.

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, evitou dar detalhes sobre a prorrogação do BEm, mas adiantou que, na prática, seria nos mesmo moldes do atual programa, com redução ou suspensão de jornada, mediante uma complementação de renda por parte do governo. Segundo ele, a extensão do programa ocorrerá por Medida Provisória.

“A prorrogação do BEm ainda está em estudo e depende de crivo apurado. Mais importante do que aguardar a demissão, é evitar que ela ocorra”, avaliou Bianco. “Evitar uma demissão traz ganhos sociais e econômicos”, completou.

Como mostraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), uma nova rodada do programa que permite às empresas cortarem jornada e salário e suspender contratos de trabalho deve ter custo total entre R$ 5,8 bilhões e R$ 6,5 bilhões para o governo, responsável por pagar um benefício emergencial aos trabalhadores.

A estimativa considera que 2,7 milhões a 3,0 milhões de acordos serão firmados entre patrões e empregados nas duas modalidades.

Dalcolmo reforçou que qualquer medida tomada pela secretária de Trabalho buscara proteger os trabalhadores e as empresas. “Mesmo que não entremos em nenhum detalhe agora, o que se busca é a maior proteção dos trabalhadores durante e depois da pandemia”, concluiu.