Não importa se você chama de pick-up, picape, caminhonete… O fato é que esses veículos projetados para levar carga têm ganho cada vez mais adeptos entre tribos de todos os segmentos. No agronegócio, claro, picape é quase sinônimo da atividade – é o veículo de uso geral que mais identifica o produtor.

É com ele que ele viaja, passeia, se diverte, trabalha, e claro, leva carga.

Nos Estados Unidos, há várias décadas as picapes são o meio de locomoção dos habitantes dos rincões profundos e das cidades pequenas.

Lá, ela existe desde os primórdios da popularização do automóvel (começo do século 20), quando se tornou opção para carroças e cavalos de carga.

Hoje são máquinas embarcadas com muita tecnologia, conforto e recursos de sobrevivência para situações de emergência.

Tudo isso faz delas as preferidas de gente aventureira, de pessoas que curtem esportes radicais, de trilheiros, além, claro, de trabalhadores que precisam carregar carga, como é o caso de prestadores de serviços urbanos, companhias estatais e produtores do agronegócio.

 

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BRASIL O mercado brasileiro está relativamente maduro em quantidade de modelos e marcas de picapes. Ganhou força nos anos 1990, com modelos pequenos, como Fiat Fiorino (depois Strada), Ford Pampa (depois Courier), Volkswagen Saveiro e Chevrolet Corsa (depois Montana). A evolução veio com a chegada das marcas japonesas de médio porte: Toyota Hilux, Mitsubishi L200 e Nissan AX, equipadas com tração 4×4 e maior desenvolvimento tecnológico.

Hoje as marcas mais famosas sempre têm uma ou mais picapes no portfólio, com design avançado. Até o final de 2020 serão lançados 10 novos modelos no Brasil. Alguns serão picapes repaginadas (facelifts), outros deverão ser novidade, como Peugeot, VW Tarok e Jeep Gladiator.

O que não muda é o cuidado que esse tipo de veículo pede. E não pense que tudo se resume ao barro nos amortecedores ou à dirigibilidade perigosa ao fazer curvas.

Para dar dicas de cuidado e manutenção aos proprietários de picapes (ou aos futuros, convidamos especialistas sobre esse tipo de carroceria da InstaCarro, plataforma online que viabiliza negócios rápidos de carros usados no Brasil. A empresa tem mais de 15 lojas, e em suas estruturas os vistoriadores são treinados e qualificados para verificar mais de 150 itens. Devido ao alto número de vistorias a empresa possui um banco de dados sobre cada marca e versão. Reunimos aqui o caminho das pedras para sua picape ganhar vida longa ou para você saber como comprar o modelo mais conservado, qualquer que seja sua atividade.

1. A armadilha da fama
As picapes têm fama de ter o espírito fora de estrada por serem mais altas e robustas, porém muitos modelos têm apenas a aparência.
Várias não contam com sistema de tração integral (4×4) – têm apenas tração dianteira (4×2), especialmente as menores – o que faz com que o veículo não produza tanta força. As marcas vendem muitas versões, o que acaba confundindo o consumidor. Vão desde as mais baratas, as chamadas ‘pé de boi’, até aquelas cheias de salameleques (racks e paralamas plásticos, capotas marítimas, rodas de liga…).

2. Motor e câmbio, o calcanhar de aquiles
É preciso saber o histórico do veículo. Picapes precisam atenção redobrada por serem utilizadas como ferramentas de trabalho ou de aventuras radicais (imagine carregar equipamento de balonismo ou 12 pranchas de surf numa ribanceira de pedra até a praia). Geralmente são veículos que carregam muito peso – afinal são feitos para isso –, o que leva câmbio e motor ao extremo desgaste.

3. No  caso da manutenção preventiva, siga o guia
Pode parecer clichê, mas se o veículo é usado em seu extremo é preciso periodicamente realizar as manutenções sugeridas pela montadora.
Além de um guia dos prováveis problemas, essas revisões deixam em dia o programa de garantia do fabricante. Na maioria dos casos a revisão ocorre a cada 10 mil quilômetros, envolvendo trocas de peças, fluidos e calibragem. O óleo do motor precisa ser específico, levando em conta que uma grande parte das picapes vendidas são alimentadas a diesel. Filtros de combustível e ar precisam ser trocados com maior frequência se o veículo fizer o uso off-road.

4. Cuidados com a carga: picape não é um transformer
Para garantir a segurança dos ocupantes é preciso respeitar a indicação de carga definida pelo fabricante.
Pense que um engenheiro calculou o quanto a caçamba pode carregar. A carga precisa estar nos limites de largura, altura e comprimento permitidos por lei. A altura máxima permitida é de 50 centímetros. A carga também não pode ultrapassar a largura da carroceria. Todas essas especificações são fornecidas pela montadora e constam no manual do proprietário, com o objetivo de aumentar a vida útil do veículo.

5. Lugar de passageiro é no banco
Você pode carregar qualquer objeto que esteja dentro das leis em geral. A caçamba pode transportar de malas até Animais.
Passageiros não são permitidos. Para serem transportados, precisam de bancos e cintos de segurança. A montadora especifica na ficha técnica do modelo quantos ocupantes são permitidos. Picapes de cabine simples que possuem duas portas geralmente podem levar dois passageiros, picapes de cabine dupla – que podem ser oferecidas com 2,3 ou 4 portas – levam até 5 ocupantes.