Aalemã Basf inaugurou no final do mês passado, em Guaratinguetá (SP), o primeiro Laboratório Global de Estudos Ambientais e Segurança Alimentar na América Latina e com similares apenas na Europa e nos Estados Unidos. Construído a um custo total de 3,15 milhões de euros, este centro de conhecimento, como é chamado, tem como principal missão desenvolver defensivos agrícolas mais seguros, mas também deve trabalhar no estudo de produtos geneticamente modificados. Com o novo laboratório, que atuará em conjunto com outros dois centros de desenvolvimento globais da empresa, localizados na Alemanha e nos Estados Unidos, a Basf deve ampliar consideravelmente o número de pesquisas, principalmente na América Latina.

CARLA STELING (À DIR.): cerca de 30 pesquisadores brasileiros trabalharão no laboratório

“O Brasil, que se firma cada vez mais como o celeiro da produção de alimentos e biomassa do mundo, não poderia ficar sem esta capacidade técnica e laboratorial. Hoje o aumento da produção depende da tecnologia, não da área cultivada”, explica Eduardo Leduc, diretor de agronegócios da Basf no Brasil. “Com este laboratório instalado aqui, conseguiremos acelerar as pesquisas. Sem o laboratório, teríamos que ficar numa fila, dividindo os laboratórios com outros países.”

O Brasil é o segundo maior consumidor do mundo de defensivos agrícolas, atrás apenas dos Estados Unidos, por isso tem uma importância muito grande na estratégia da empresa. Em Guaratinguetá serão desenvolvidos novos tipos de vermicidas, fungicidas, herbicidas, produtos para tratamento de sementes, novas substâncias para aumento de produtividade, além de pesquisas voltadas para os produtos geneticamente modificados.

EDUARDO LEDUC: “Hoje, o aumento da produção depende da tecnologia”

O novo laboratório, com área de 1.800 m2, foi desenvolvido utilizando tecnologia de ponta e atende às mais rígidas certificações internacionais, como ISO 17025 e do Ministério da Saúde da Suíça. “Isso só comprova a atuação responsável da Basf na criação de novos produtos”, afirma Carla Steling, gerente e responsável pela montagem do laboratório. “Trabalhamos também em parceria com a Comissão Nacional de Energia Nuclear, já que ao realizar estudos ambientais utilizamos moléculas radiomarcadas”, completa, referindo-se ao controle feito em materiais radioativos. Carla comandará equipe de mais de 30 pessoas no local.

Com faturamento de 3,079 bilhões de euros em 2006, dos quais 529 milhões apenas na América do Sul, a Basf é uma das líderes mundiais em agrotóxicos e espera aumentar ainda mais sua fatia do mercado com as novas tecnologias desenvolvidas no laboratório brasileiro.

“O investimento no novo Laboratório Global de Estudos Ambientais e Segurança Alimentar, localizado em Guaratinguetá, traduz a confiança da Basf no desenvolvimento do agronegócio e seu compromisso com o desenvolvimento sustentável”, afirma o presidente da Basf para a América do Sul, o executivo Rolf-Dieter Acker. “É uma ação totalmente alinhada com a ambição da empresa em crescer com foco na sustentabilidade. Além disso, também acreditamos que, com pesquisa, desenvolvimento e inovação, identificamos no mercado oportunidades para alavancar novos negócios.”