Desde 2013, a Agropecuária Caty, do criador Adroaldo Bernardo Potter, de Santana do Livramento (RS), é indicada ao prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL entre os Destaques da Pecuária. Deste vez, chegou ao topo na categoria GENÉTICA REBANHO NACIONAL, superando os demais 26  produtores indicados, por possuir o maior número de touros listados entre os 20 animais mais bem avaliados no programa de melhoramento genético do qual participa, no caso a Conexão Delta G. No País, o programa trabalha com uma base de 470 mil animais avaliados.

A Agropecuária Caty possui um rebanho de 4,5 mil animais, em 4,1 mil hectares, dos quais 1,6 mil são matrizes braford. O produtor possui ainda um núcleo de 200 fêmeas hereford, raça da qual o braford é originário a partir do cruzamento com o zebu. Potter diz que uma de suas convicções é acreditar sempre nas informações geradas pelo Delta G. “Quem investe em seleção de gado precisa valorizar os dados do programa genético”, afirma. No caso das fêmeas, depois do nascimento dos bezerros apenas as 30% de melhor desempenho permanecem na fazenda. “Por isso, é importante ser rigoroso na coleta dos dados que irão abastecer o programa, para que as análises sejam precisas.” Potter, de 71 anos, foi um dos produtores que criaram o Delta G em 1974.


Adroaldo Bernardo Potter,proprietário da  Agropecuária Caty

Na Caty, um dos aceleradores na seleção do gado superior é o uso de touros jovens na reprodução. Os animais são colocados junto com as fêmeas aos 24 meses, quando a maioria dos rebanhos utiliza os machos com 36 meses. “Com 12 meses de diferença, o uso de touros jovens pode abreviar o trabalho de seleção em duas gerações”, afirma Potter. “Paga caro quem não acredita nesse potencial.” Em geral, é senso comum entre pecuaristas que utilizam pouca tecnologia a crença de que animais mais jovens e minimamente testados podem representar uma ameaça no desempenho da fazenda, caso a sua produção não se comprove. Mas é justamente por causa da tecnologia que isso não ocorre na Caty. Os touros jovens possuem dados genômicos obtidos a partir da análise de seus DNAs. “Nos últimos anos, o uso do DNA desenvolveu-se bem na pecuária”, diz Potter. “É essa informação que sustenta a confiabilidade do que vai para o campo.”