Proteção: material israelense consegue filtrar os raios nocivos às plantas

Á primeira vista, a estufa da foto acima pode parecer comum, similar a outras tantas espalhadas por milhares de propriedades do Brasil. Porém, no lugar das lonas tradicionalmente usadas na cobertura desse tipo de estrutura, há um outro tipo de material. Seu teto é feito de placas de poolycolite, uma espécie de policarbonato capaz de “filtrar” a luz do sol dentro das estufas.

Uma mudança que pode não saltar aos olhos, mas que promete fazer a diferença na produtividade. “No uso de placas de policarbonato comum a transmissão de luz solar dentro da estufa é de 80%. No caso do polycoolite, esse índice é de 45%. Isso reflete diretamente no ganho de produtividade dentro das estruturas”, garante a diretora de marketing da PlacPlus, Nicole Penteado.

Há 12 anos atuando no mercado brasileiro com a comercialização de placas de policarbonato, direcionado para os setores de arquitetura e construção, a empresa é a responsável pela importação da tecnologia, que tem origem israelense. “Esse é um material indicado para agricultores que precisam extrair o máximo de qualidade da sua produção”, diz.

De acordo com a companhia, as placas de polycoolite possuem uma pigmentação colorida capaz de refletir os raios solares, reduzindo o calor excessivo dentro das estufas e bloqueando raios nocivos às plantas, como o ultravioleta. “Assim a planta pode usar toda sua energia para se desenvolver, oferecendo uma maior produtividade. Além disso, esse ambiente facilita o controle de pragas, diminuindo a necessidade do uso de defensivos e acaricidas”, afirma Nicole.

Disponível no mercado brasileiro há poucos meses, a novidade por enquanto ainda não empolgou os agricultores. Uma das razões pode estar no custo, cerca de 8% mais caro do que uma placa de policarbonato comum e muito acima do da lona padrão.

Numa simulação de uma estufa de 70 metros quadrados, utilizando placas de 8 mm, uma estrutura com policarbonato sairia a R$ 4.238,81, enquanto a com polycoolite custaria R$ 4.607,40. Mas, se comparado a uma estrutura-padrão, que sai ao custo de R$ 2.800, o valor é próximo do dobro.

Nicole acredita que seja uma questão de tempo para a tecnologia cair nas graças dos produtores. “É um produto novo no País, mas que já é muito usado em outros países e também fará sucesso no Brasil”, prevê.