O agronegócio sempre se destaca: apesar dos efeitos da Covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor fechou 2020 com expansão recorde de 24,31%, em relação ao ano anterior. De acordo com dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o segmento pôde ampliar para 26,6% sua participação no PIB total do País neste ano.

As contribuições do agronegócio transcendem as atividades diretamente ligadas à produção. Ao analisarmos a capacidade que temos de aumentar a área de cultivo, notamos um impacto direto na geração de empregos. De acordo com a CNA, no primeiro semestre de 2021, a produção de alimentos gerou 151,3 mil empregos com carteira assinada no primeiro semestre de 2021 contra 62,6 mil novos postos de trabalho com carteira assinada.

Outro aspecto positivo está nos avanços tecnológicos nos campos que viabilizam a aplicação de cálculos técnicos para a otimização de colheita com base nas condições climáticas, drones que fazem a pulverização de pesticidas e softwares que cruzam informações sobre a qualidade do solo com as previsões meteorológicas. Ou seja, o setor tem forte potencial e pode ajudar o Brasil a ter protagonismo no mercado internacional.

Otávio Simch (Crédito:Divulgação)

Somadas ao crescimento, existem também estratégias para impulsionar os negócios e o custeio dos agricultores com políticas públicas que auxiliam na contratação de seguros especializados. Sabe-se, por exemplo, que a lavoura é uma indústria a céu aberto e que depende da tecnologia para fazer o manejo da plantação e para antever riscos climáticos.
A cultura do seguro para a agricultura mudou nos últimos dez anos e, atualmente, os empresários rurais enxergam os serviços e os programas de gestão de risco como importantes ferramentas para mitigar impactos nos negócios. Hoje, o produtor entende que precisa proteger o seu capital. Por isso, o seguro é sinônimo de estabilidade financeira e a lavoura já é percebida como uma empresa.

A mudança de visão abre oportunidades para o setor de seguro, que customiza consultorias e apólices de acordo com a necessidade de cada empresa. Sendo assim, qualquer contrato entre o produtor e a seguradora exige cuidadosa análise de risco, de particularidades de cada região, além das adversidades que podem surgir para garantir uma cobertura ampla e eficaz. A ascensão dessa conscientização tem aberto as portas a seguros como Propriedade, Penhor Rural, Máquinas e Equipamentos, Florestal, Animais, Vida do Produtor, Safra e Plantio e muito mais.

Diante de um cenário favorável, com potencial de crescimento de 27% nos próximos dez anos, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), é preciso fomentar uma integração ainda mais intensa entre poder público e privado para que todas as potencialidades sejam identificadas e para que os investimentos sigam crescendo neste setor extremamente estratégico para o Brasil.

Ao atuarmos de forma assertiva, aumentamos as oportunidades dos empresários do ramo e veremos o setor registrar um altíssimo índice de produção, exportação e expansão dos negócios globalmente.