Na década de 1970, o Brasil inventou a agricultura tropical e se tornou um dos maiores produtores de grãos do mundo, principalmente de soja. Também aprendeu a criar gado e hoje é o maior exportador mundial de carne bovina. As vendas ao exterior dessas commodities renderam US$ 38,3 bilhões, no ano passado, o equivalente a 13% do Produto Interno Bruto.

Embalados pelo sucesso do agronegócio, dispostos a  desfrutar mais amplamente de todo seu potencial de riqueza, os produtores brasileiros começaram uma nova revolução, que tem todas as condições de aumentar substancialmente a renda no campo. E esse processo coloca o País, mais uma vez, como protagonista de um modo de produção essencialmente tropical: a integração da lavoura com a pecuária e a floresta, em seus múltiplos arranjos, conhecida pela sigla ILPF. O conceito é antigo, vindo do início dos tempos do cultivo de alimentos, mas a história é recente se for tomada como medida a aplicação de tecnologias que promovam a produção em escala, como demandam os dias atuais.

Nas próximas 17 páginas do ESPECIAL SUSTENTABILIDADE ILPF, os leitores da DINHEIRO RURAL conhecerão as histórias de produtores que investiram em sistemas de integração e estão mudando suas fazendas para melhor. São pecuaristas que acreditaram na ciência e colocaram a mão na massa para mostrar que é possível, em boa parte dos 160 milhões de hectares de pastagens, integrar uma agricultura altamente produtiva, com sustentabilidade. Boa leitura.