VERSÁTIL: além dos negócios rurais, Teresa Cristina acumula cinco Pastas no governo de Mato Grosso do Sul

Ela está sempre correndo. Falar com ela é uma missão quase impossível. Quase. Pois, por mais cheia que esteja sua agenda, sempre arruma um tempinho para conversar com as pessoas ao seu redor sobre os mais diversos assuntos. Seja quem for. Assim é a engenheira agrônoma Teresa Cristina Corrêa da Costa, pecuarista de sucesso, que se tornou secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo de Mato Grosso do Sul. Desde que assumiu o cargo de “supersecretária”, seu Estado tem crescido a taxas acima dos 10% ao ano. Sempre atolada de trabalho em meio à sua concorrida agenda, ela ainda encontra tempo para cuidar de seus negócios particulares. O principal deles, um confinamento na pequena cidade de Terenos, área próxima a Campo Grande. Lá, ela engordou mais de nove mil cabeças de gado em 2007. Para este ano, a expectativa é de mais crescimento, motivado principalmente pela demanda cada vez maior dos frigoríficos da região.

Teresa Cristina vem de uma família de fazendeiros, mas cresceu em meio à política. Seu bisavô Pedro Celestino Corrêa da Costa foi governador de Mato Grosso por duas vezes, nos anos 20. O avô Fernando Corrêa da Costa também governou o Estado em duas oportunidades e, posteriormente, foi eleito senador. Ambos dirigiram o Estado no tempo em que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul formavam apenas um Estado.

HAJA BOI: em 2007 a empresária engordou nove mil cabeças de gado, em confinamento próprio

Logo que saiu da faculdade, Teresa Cristina começou a trabalhar na fazenda, mas lá ficou por pouco tempo. Mudou-se para São Paulo e trabalhou por 12 anos em uma trading. “Lá abri minha cabeça para o mundo”, revela. Responsável pelo setor de pecuária da empresa, introduziu a raça “brangus” no Brasil, no final dos anos 80. Depois da morte de seu pai, voltou para casa para ajudar seus irmãos na fazenda, mas já tinha em mente um plano audacioso para expandir os negócios, ou melhor, segmentar. “Isso eu aprendi com os uruguaios. Quem cria, cria muito bem. Quem recria, recria muito bem. Quem engorda, também só faz isso. É o que estou fazendo”, explica, lembrando que o confinamento é um negócio de alto risco, que não permite erros. Braço direito do governador André Puccinelli, ela é, até agora, a maior vitoriosa na luta contra a febre aftosa. Porém, é nos números que ela analisa seu trabalho. “Se pegarmos os números dos últimos dois anos, podemos ver que estamos crescendo mais de 12% ao ano. Então, não é só a China que cresce acima dos 10%. Mato Grosso do Sul também deu um salto”, completa a “supersecretária”, apressada para mais um compromisso.