Kuhn LSB

Função: enfardadora

Características: sistema de rotor integral de alta potência

O que muda: trabalha com alta velocidade e enfarda todo tipo de material

Preço médio: R$ 380 mil

Eles não são tão grandes e imponentes quanto as colheitadeiras e os pulverizadores que costumam povoar os campos e os sonhos de consumo dos produtores rurais. Mas nem por isso são menos úteis e importantes na hora de tocar a lavoura. Esses são os implementos agrícolas, equipamentos que a cada ano se tornam mais essenciais na hora de preparar e adubar a terra e plantar. Nesses equipamentos pode estar depositado o sucesso ou o fracasso de uma temporada.

Depois de amargar uma queda de 30% nas vendas durante o ano passado, quando o faturamento ficou em R$ 5,9 milhões, as empresas desse segmento preparam seus lançamentos no ritmo de um ano que promete ser de recuperação. “A perspectiva é que neste ano o mercado cresça algo em torno de 20% a 25%, voltando ao ótimo patamar de 2007”, explica o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Celso Casale. De olho nesse aquecimento, as empresas não perderam tempo e já colocam suas armas para abocanhar sua fatia desse bolo.

Um exemplo disso é a Semeato. “Acredito que o ano será muito positivo e que nossas linhas irão atender os agricultores”, ressalta o gerente de planejamento de produtos da empresa, Eduardo Copetti.

A grande aposta da empresa está em sua nova semeadora, indicada para grãos considerados graúdos, como milho, soja e feijão, e que pode trabalhar com até 17 linhas. “Esse equipamento pode ser ajustado de acordo com as necessidades do produtor. No mesmo eixo ele pode optar por linhas tubulares ou plantográficas e escolher o tamanho do tanque de sementes.

R$ 5,9 milhões foram as vendas do setor em 2009. A estimativa é crescer 25% este ano

A máquina é praticamente customizada”, ressalta o executivo, que também destaca a linha destinada às pequenas e médias propriedades. “Ele tem opção do reservatório de adubo e semente em polietileno, com média densidade e com anti UV, o qual protege contra os raios ultravioleta”, diz.

Já a multinacional francesa Kuhn Metasa aposta em sua nova linha de enfardadoras para crescer no mercado. Essas máquinas trazem um novo sistema de rotor integral, que permite trabalhar com leiras de todos os tamanhos em alta velocidade. “Sua principal característica é sua capacidade de enfardar qualquer tipo de material, seja ele palha de trigo, seja de milho, resíduos de cana-de-açúcar ou mesmo materiais murchos para pré-secado”, explica o diretor de engenharia da Kuhn, Paulo Roberto Montagner.

“Algumas enfardadoras têm dificuldade para compactar devidamente os fardos quando trabalham com forragens verdes. Contudo, nossas enfardadoras usam um sistema para encher a câmara principal, conseguindo preenchimento uniforme da base até a parte superior”, explica.

Uma das pioneiras no desenvolvimento de tecnologia de precisão no País, a gaúcha Stara colocou todo o seu pacote tecnológico em seu novo distribuidor de fertilizantes e corretivos. “Trata-se do primeiro distribuidor autopropelido produzido no Brasil”, explica o diretor de marketing da empresa, Cristiano Paim Buss. Entre as inovações, está o sistema de taxa variável, que possibilita a aplicação de corretivos ou fertilizantes de acordo com a análise de solo gravado em seu cartão de dados. A máquina ainda conta com piloto automático e sistema DGPS, que mostra a posição do equipamento na lavoura, interligando o sistema de piloto automático com o mecanismo de taxa variável.

Famosa por sua atuação no mercado de tratores e colheitadeiras, a americana John Deere também dá seus passos na área de implementos e acaba de lançar uma linha de plantadeiras em uma nova versão a vácuo. “Esta série foi desenvolvida para trabalhar com alta produtividade mesmo em solos úmidos e pegajosos, característica comum na região Sul do País. Além de contar com o sistema VacuMeter, que proporciona maior precisão na deposição da semente no solo e maior velocidade de operação”, explica o diretor de venda para o Brasil da John Deere, Werner Santos.

Quem também quer fazer bonito no mercado é a tradicional fabricante de implementos Jumill. De olho na modernização da pecuária, a empresa lançou uma linha de colhedoras de forragens que pode atender pequenas, médias e grandes propriedades. “Uma máquina versátil, equipada com 12 facas e quatro rolos alimentadores, que desintegra totalmente grãos, caules e sabugos, proporcionando um perfeito aproveitamento nutricional ao gado”, explica o coordenador de marketing da Jumill, Gustavo Oliveira. Compatível com tratores 75 cv ou superiores, o equipamento colhe milho, sorgo, milheto, girassol forrageiro e capim. “Esse maquinário pode ser acoplável a colheitadeiras de grãos automotrizes, produzindo até 60 toneladas de silagem por hora”, complementa.

Fonte: * Preços médios levantados junto às revendedoras, podendo variar conforme opcionais e localização