Em menos de 30 minutos, as abelhas funerárias vasculham as colmeias e encontram camaradas mortos, de acordo com o estudo da Academia de Ciências da China. A pesquisa identificou que as abelhas mortas emitem menos hidrocarbonetos cuticulares (CHCs) do que as abelhas vivas. As informações são da revista Science.

As abelhas funerárias são responsáveis pela limpeza especial. Elas retiram os cadáveres e voam com eles para fora da colmeia. Também são conhecida como abelhas faxineiras.

O ecologista Wen Ping, responsável pelo levantamento, explica que a descoberta surgiu a partir da observação de que abelhas, e outros insetos, são cobertos CHCs e liberam essas partículas enquanto estão vivos. A ideia era entender se isso muda após a morte do inseto.

Os CHCs são uma espécie de cera que artrópodes secretam pelo exoesqueleto. No caso dos insetos, é comum que esse secreção seja identificada pelas antenas de outros da colônia. Desta maneira é feito o reconhecimento de indivíduos da mesma espécie.

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O estudo aponta que a redução de temperatura e CHCs levam as funerárias a perceberem a abelha morta como algo que precisa ser removido.

Para Yehuda Ben-Shahar, entomologista da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mais pesquisas serão necessárias para sustentar as alegações de Wen. “Acho que este estudo é um bom começo”, diz ele.