São Paulo, 26 – Empresários da indústria moageira brasileira estão otimistas com o crescimento do setor neste ano. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), 72% dos moinhos estão otimistas com um possível incremento na atividade, 23,6% esperam a estagnação dos negócios e 4,3% estão pessimistas quanto à expectativa de moagem para 2019. Os resultados foram apresentados em coletiva de imprensa realizada pela entidade, em São Paulo.

Do total de indústrias otimistas, 42,1% esperam crescimento entre 1% e 5% e 30% projetam avanço acima de 5%. Já dos moinhos pessimistas, 2,9% esperam redução na moagem acima de 5% e 1,4% vê um recuo da produção entre 1% e 5%. Segundo a entidade, atualmente o setor tritícola tem 160 unidades industriais.

Em 2018, a moagem de trigo no Brasil atingiu 12,17 milhões de toneladas, volume 3,4% superior ao registrado no ano anterior. “Ainda não temos como mensurar o tamanho do crescimento, mas a expectativa é que ocorra incremento no nível da moagem. Isso vai depender, certamente, do desempenho geral da economia brasileira, com redução do desemprego e melhora no poder aquisitivo”, disse o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa. “Nesse cenário, a reforma da Previdência é fundamental para a intensidade de avanço”, completou.

De acordo com a Abitrigo, no ano passado, a maior parte dos moinho não realizou demissões e investiu na infraestrutura para incremento da capacidade produtiva. “Embora a produção do setor esteja praticamente estagnada, considerando que a expansão de 2018 apenas compensou as quedas verificadas em anos anteriores”, avaliou a Abitrigo.

Para os empresários do setor, os temas mais importantes a serem debatidos neste ano são a definição da questão do frete (24,9%), a condução de políticas públicas pelo novo governo (24%) e a legislação de micotoxinas (21,8%). Entre os assuntos prioritários para a cadeia tritícola, industriais consideram mais urgentes os incentivos fiscais (22,6%), a especialização da produção e apoio à pesquisa (20,2%) e as normas e regulamentações do setor (20%), mostra a pesquisa.