São Paulo, 17 – Com a abertura do mercado da Coreia do Sul para a carne suína do Brasil, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) acredita que, em breve, os coreanos podem se tornar um dos principais destinos para exportação do produto nacional. O anúncio da abertura foi feito na madrugada desta quinta-feira, 17, pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que está em missão na China.

Em nota que comemora a decisão do país asiático, a ABPA destaca que a Coreia do Sul é a quarta maior importadora mundial de produtos suínos. Apenas em 2017 foram cerca de 645 mil toneladas da proteína, com base em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), provenientes de vários destinos. “Após enfrentar um cenário de crise no setor, temos boas expectativas com as vendas para aquele mercado, que poderá se posicionar, em breve, entre os maiores destinos do nosso produto exportado”, afirma o vice-presidente de Mercados da associação, Ricardo Santin.

De acordo com o vice-presidente Técnico da ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas, a conclusão do formato de Certificado Sanitário Internacional era a última etapa para tornar viável as vendas para o mercado sul-coreano, depois de mais de 10 anos em negociações.

A expectativa do setor é de que o país adquira 30 mil toneladas de carne suína por ano. Atualmente, os norte-americanos são os maiores fornecedores para a Coreia do Sul, com cerca de 40% das importações. A carne brasileira terá uma taxação de 20%, enquanto os produtos norte-americano e chileno são isentos.

A abertura é válida para quatro plantas produtoras da Aurora, BRF, Pamplona e Seara, instaladas em Santa Catarina – único Estado reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como livre de aftosa sem vacinação. Este status é uma pré-condição estabelecida por países como Coreia do Sul e Japão (cuja abertura ocorreu em 2013) para a habilitação de unidade à exportação.