São Paulo, 06 – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) diz que, para o setor, os reflexos da Operação Trapaça, deflagrada na segunda-feira, 5, pela Polícia Federal, devem se resumir às unidades frigoríficas suspensas pelo Ministério da Agricultura em decorrência do processo investigativo.

Ontem, a pasta suspendeu as exportações de três unidades da BRF para 12 destinos – uma em Rio Verde (GO), outra em Mineiros (GO) e a terceira em Carambeí (PR). Com relação aos efeitos econômicos, a ABPA destacou que, até o momento, não recebeu informações sobre a imposição de embargos à carne brasileira por parte de países importadores.

A associação diz que foi informada sobre consultas ao Ministério da Agricultura vindas da União Europeia e de Hong Kong. “Há, obviamente, a expectativa de que outros mercados solicitem esclarecimentos”, confirma a entidade, em nota.

A ABPA comenta que, de acordo com o que foi divulgado pela Polícia Federal, os fatos investigados nesta operação, que é a terceira fase da Operação Carne Fraca, remetem a questões anteriores a 17 de março de 2017, quando ocorreu a primeira fase. “Desde então, a própria União Europeia, juntamente com Hong Kong e outros países, realizou visitas de inspeção no sistema produtivo brasileiro, em um total de 13 missões oficiais, bem como incontáveis missões privadas”, diz.