A safra global 2019/2020 de açúcar deve terminar com um déficit de mais de 7 milhões de toneladas, principalmente por causa da queda na produção da Tailândia, o segundo maior exportador do mundo, avalia o banco Commerzbank. Com uma seca prolongada no país do Sudeste Asiático, a estimativa do banco é de que a produção naquele país para o período de outubro de 2019 a setembro de 2020 seja 30% menor, cerca de 10 milhões de toneladas a menos.

A expectativa dos traders de que a redução da oferta tailandesa deve obrigar países asiáticos importadores a buscarem açúcar de outros fornecedores elevou o prêmio do açúcar branco em relação ao bruto para o seu nível mais alto desde o outono de 2018.

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Analistas, segundo o banco, esperam que os preços mais altos do açúcar aumentem a produção da commodity na próxima safra, já que uma proporção maior da cana-de-açúcar deve ser destinada para a produção do açúcar, em vez da produção de etanol no Brasil – movimento que também deve ocorrer na Índia e na Tailândia. De acordo com o Commerzbank, observadores do mercado acreditam que se esse aumento na produção for significativo, a próxima safra deverá ter um déficit pequeno que pode até se transformar em superávit.