São Paulo, 8 – O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no Brasil reduziu sua estimativa para a produção brasileira de soja em 2019/20, de 123,5 milhões em janeiro para 123 milhões de toneladas. Segundo o adido, a redução foi motivada pela estiagem no Rio Grande do Sul, mas essas perdas serão parcialmente compensado pelo melhor rendimento em outras regiões.

O escritório estimou a área plantada em 37 milhões de hectares. A previsão de exportações foi elevada de 75 milhões para 77 milhões de toneladas. O adido destacou que as exportações vêm sendo impulsionadas pelo enfraquecimento do real.

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Para 2020/21, o escritório projetou uma colheita de 129 milhões de toneladas de soja, com base em uma área plantada de 38,5 milhões de hectares e produtividade de 3,35 toneladas por hectare. “A previsão de rendimento supõe que produtores não vão economizar em sementes e outros insumos”, diz o adido.

As exportações em 2020/21 foram estimadas em 79 milhões de toneladas.

O escritório destacou que o Brasil deve manter sua posição de liderança na produção mundial de soja na atual temporada e na próxima, apesar da turbulência econômica global por causa da pandemia de coronavírus.

A demanda global não deve ser afetada duramente pela desaceleração econômica, diz o adido, observando, porém, que a fase um do acordo comercial entre Estados Unidos e China pode ser um obstáculo para o Brasil. Segundo o escritório, pelo menos uma parte das compras chinesas deve ser redirecionada do Brasil para os EUA.