São Paulo, 02/03 – O agronegócio do Estado de São Paulo faturou 3,8% a mais com exportações em janeiro, alcançando a soma de US$ 1,08 bilhão. Além disso, apresentou queda de 11,6% nas importações, com o equivalente a US$ 0,38 bilhão importado. Desta forma, o superávit da balança comercial do agronegócio paulista em janeiro foi de US$ 0,70 bilhão, valor 14,8% superior ao de igual período de 2020. As informações são do Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (IEA-Apta), em nota.

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O instituto cita, ainda, que a participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado é de 37,4% – em janeiro São Paulo embarcou para o exterior, entre todos os setores, o equivalente a US$ 2,89 bilhões. Já as importações alcançaram US$ 4,43 bilhões, com déficit comercial de US$ 1,54 bilhão. O saldo da balança comercial paulista, entretanto, teve redução de 24,5% no déficit em janeiro ante igual mês de 2020. “O déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo”, destaca o IEA-Apta.

O instituto informa também que, por grupos de produtos, os principais setores exportadores em janeiro foram complexo sucroalcooleiro (US$ 406,76 milhões, sendo que deste total o açúcar representou 88,2% e o álcool, 11,8%); do setor de carnes (US$ 142,37 milhões, dos quais a carne bovina contribuiu com 88,4%), seguido do grupo dos sucos (US$ 137,31 milhões, dos quais 98,5% referentes a sucos de laranja); dos produtos florestais (US$ 121,89 milhões, com participação de 51,4% de papel e de 34,5% de celulose) e do café (US$ 59,15 milhões, dos quais 75,1% referentes ao café verde). “Esses cinco agregados representaram 80,0% das vendas externas setoriais paulistas”, informa a nota.

Ainda de acordo com o IEA-Apta, em janeiro, em comparação com janeiro de 2020, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta paulista, com aumentos para os grupos do complexo sucroalcooleiro (+32,4%), sucos (+23,4%) e café (+50,3%), e quedas para carnes (-12,9%), produtos florestais (-24,7%) e complexo soja (-92,4%). “Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados”, finalizou.