A consultoria AgRural manteve inalterada a sua previsão de safra de soja no Basil em 2020/21 em 131,7 milhões de toneladas, conforme estimativa enviada a clientes na semana passada. “Apesar de ajustes de produtividade em diversos Estados, o número ficou em 131,7 milhões de toneladas, praticamente inalterado em relação à estimativa de dezembro”, informa a consultoria em comunicado, divulgado nesta segunda-feira, 25.

Segundo a AgRural, caso o clima continue colaborando com as lavouras mais tardias, a revisão de fevereiro poderá trazer ajustes positivos de produtividade no Rio Grande do Sul e no Matopiba (acrônimo formado com as iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Com relação à colheita da safra 2020/21 da oleaginosa, a AgRural destaca que 0,7% da área no Brasil estava colhida até quinta-feira (21). O número representa avanço de apenas 0,3 ponto porcentual sobre os 0,4% de uma semana antes e é bem inferior aos 4,2% do mesmo período do ano passado. “Por conta do atraso da soja, ainda não há plantio de milho safrinha”, comenta a consultoria.

Volumes significativos de chuva em grande parte das áreas produtoras de soja do Brasil foram observados na semana. Com poucas lavouras já prontas, em virtude do atraso no plantio, essas precipitações favorecem a produtividade da safra, beneficiando as áreas em floração e enchimento de grãos.

As chuvas constantes, com poucas aberturas de sol, o céu encoberto e a baixa luminosidade dificultam, no entanto, a colheita das primeiras áreas. O tempo instável tende a atrasar a safra ainda mais, “pois afetam a fisiologia da soja e podem alongar o ciclo da cultura em alguns dias caso o padrão mais chuvoso continue”, conclui a AgRural.