O movimento de queda nos valores da soja e derivados foi limitado pela retração de sojicultores em comercializar elevados volumes do grão. Segundo estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP), grande parte das safras 2019/20 e 2020/21 já foi negociada.

O levantamento mostra também que as vendas registram volumes recordes quando comparadas aos mesmos períodos de anos anteriores. No entanto, a finalização da colheita de soja na Argentina, o amplo estoque norte-americano e a desvalorização do dólar frente ao Real pressionaram os valores do grãos no Brasil.

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De 5 e 12 de junho, os indicadores do Cepea da soja Paranaguá (PR) e Paraná cederam 1,4% e 1,05%, respectivamente, com fechamentos a R$ 105,74 e a R$ 99,81 a saca de 60 kg. Os valores internos dos derivados também caíram. No caso do óleo de soja, a pressão veio das baixas demandas doméstica e externa. Em relação ao farelo de soja, as cotações também foram influenciadas pela menor demanda interna.