São Paulo, 27 – O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Marcos da Rosa, destacou que a perspectiva de remuneração do produtor em 2017/18 segue apertada no Brasil. “O bushel de soja não reage, e o dólar está em uma gangorra. Os custos são altos em relação ao preço atual”, destacou Rosa, em entrevista ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, durante o Summit Agronegócio 2017, realizado nesta segunda-feira, 27, em São Paulo. “A comercialização está bem menor ante os outros anos. Produtor não está vendendo porque não tem rentabilidade.”

Rosa lembrou que houve atrasos no plantio por causa da demora na regularização das chuvas no Brasil. “As chuvas não foram parelhas, isso causou um atraso”, disse. Isso, conforme o presidente da Aprosoja Brasil, não deve prejudicar rendimentos. “A perspectiva é de uma safra boa. O plantio atrasou, mas produtores não arriscaram, plantaram com umidade.” Contudo, a janela de plantio do milho pode ser afetada. “Tem regiões de Mato Grosso onde o plantio pode diminuir em 10% devido ao atraso na semeadura da soja. Já não teremos a mesma quantidade de milho no mercado.”

O presidente da Aprosoja Brasil destacou ainda que, em um cenário de despesas elevadas – ele citou o aumento no diesel que influencia frete e custo de operação de máquinas -, o setor produtivo espera deste e do próximo governo que reduzam o custo Brasil, com a reforma da Previdência e investimentos em logística para melhorar o escoamento da produção.