São Paulo, 13 – A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) respondeu nesta quinta-feira, 13, ao anúncio da Cargill, de investimento de US$ 30 milhões para preservar a vegetação do cerrado, dizendo “não encontrar motivos que justifiquem a decisão”.

“Há vinte anos, sem a produção de soja, os municípios da região chamada de Matopiba se encontravam em situação de extrema pobreza. Não havia acesso de infraestrutura, poucas casas eram feitas de alvenaria e não havia oferta de bens e serviços básicos à população”, afirma em nota.

“Vinte anos mais tarde, a região floresceu e a pujança do agronegócio, na contramão das políticas públicas e falta de incentivos, mudou esse panorama. Cidades que “não existiam” hoje são polos produtores e exportadores, com grande geração de empregos e serviços variados ligados ao agronegócio”.

Conforme a entidade, “tudo isso ocorre com a preservação de 73% da área do cerrado da região e com uma agricultura que não ocupa nem 7% deste território”.”A verdade é que o cerrado do Matopiba não está ameaçado”, afirma. “É preciso entender com mais profundidade e conhecimento técnico o modelo de produção brasileiro, definido por leis rígidas nas áreas ambiental, fundiária, trabalhista e tributária.”