Rio, 14/12 – Os curtumes brasileiros receberam 8,74 milhões de peças inteiras de couro cru de bovino no terceiro trimestre, 6,3% a mais do que o registrado no trimestre imediatamente anterior. Na comparação com igual período do ano passado, a alta foi de 4,8%. Os dados são das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, divulgados nesta quinta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento inclui apenas os estabelecimentos que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano.

Quanto à origem do couro, a maior parte teve procedência de matadouros e frigoríficos, seguida pela prestação de serviços, que responderam juntas por 89% do total apurado no terceiro trimestre.

A aquisição de 404,34 mil peças inteiras de couro cru a mais em relação ao terceiro trimestre do ano anterior foi impulsionada por aumentos nas aquisições em oito das 20 unidades da federação com pelo menos um curtume enquadrado no universo da pesquisa.

Os avanços mais intensos ocorreram em São Paulo (+282,49 mil peças), Mato Grosso (+244,59 mil peças), Pará (+138,81 mil peças), Goiás (+133,79 mil peças) e Paraná (+128,61 mil peças). Já as maiores quedas foram registradas no Tocantins (-278,89 mil peças), Bahia (-97,04 mil peças), Minas Gerais (-73,74 mil peças) e Maranhão (-58,21 mil peças).

Mato Grosso manteve a liderança na aquisição de peles pelos curtumes, com 18,3% da participação nacional, seguido por São Paulo (13,5%) e Mato Grosso do Sul (11,8%).