Rio, 10 – A aquisição de leite cru feita por estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária totalizou 5,82 bilhões de litros no segundo trimestre de 2021, segundo os resultados das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve um recuo de 1,0% em relação ao segundo trimestre de 2020. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a aquisição de leite teve retração de 11,4%.

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“Cabe destacar que o setor tem comportamento cíclico, em que os segundos trimestres regularmente apresentam a menor produção anual, fato ocasionado pelo período de entressafra nas principais bacias leiteiras do país”, apontou o IBGE.

Apesar do recuo, o resultado representou a terceira maior captação de leite para um segundo trimestre, abaixo apenas dos resultados de 2020 e 2019.

“O mês de maior captação foi maio (1,95 bilhão de litros) enquanto junho teve a menor atividade (1,92 bilhão). Ao longo do trimestre, o segmento foi impactado pelo aumento dos custos de produção e pela demanda enfraquecida”, justificou o IBGE.

A redução de 59,47 milhões de litros de leite captados é consequência de perdas em 15 das 26 Unidades da Federação participantes da pesquisa, entre elas Minas Gerais (-51,97 milhões), São Paulo (-33,46 milhões), Rondônia (-33,32 milhões), Mato Grosso (-10,43 milhões) e Rio de Janeiro (-7,91 milhões). Houve acréscimos mais relevantes no Paraná (+46,32 milhões), Rio Grande do Sul (+19,96 milhões) e Bahia (+12,27 milhões).

Minas Gerais lidera o ranking de aquisição de leite, com 24,7% da captação nacional, seguida por Paraná (13,9%) e Rio Grande do Sul (12,8%).