São Paulo, 08 – Baixos estoques de passagem, flexibilização de pagamentos de custeio e exportação acima do previsto devem influenciar nos preços do arroz neste semestre, avalia a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), em nota divulgada nesta segunda-feira, 8. De acordo com a entidade, com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os estoques de passagem no Brasil serão os menores dos últimos 20 anos, considerando o fim do ano agrícola 2018/19.

Outro aspecto relevante é o escoamento da safra, considerando a oferta no Rio Grande do Sul e a demanda do produto, conforme o diretor de mercado da Federarroz, Marco Aurélio Tavares. Ele projeta que deve haver “imediata valorização do cereal”, levando-se em conta os baixos estoques iniciais do cereal, a produção, o uso de sementes, o volume beneficiado e a saída de arroz em casca, além de importações e exportações.

Tavares acrescenta que a ação do Banco do Brasil para reduzir a oferta no atual momento, por meio da Comercialização de Produção Própria (CPP), possibilitou a liquidação dos custeios que vencem a partir do mês julho. “A análise é de que o mecanismo vem em ótimo momento, vez que poderá evitar a oferta de aproximadamente 350 mil toneladas ao mês ao mercado ou o equivalente a 60% do beneficiamento de saídas do arroz em casca do Rio Grande do Sul”, diz.

Tavares destaca as exportações de 100 mil toneladas que deverão ser efetivadas em julho, de modo que as exportações no primeiro quadrimestre deverão atingir volume aproximado de 550 mil toneladas, volume que já atingem mais de 60% das projeções iniciais para safra. A Federarroz lembra que o cenário atual é similar ao da Safra 2015/2016, oportunidade em que o arroz atingiu preços de R$ 55,00 ao longo do segundo semestre.