São Paulo, 21 – Com um constante aumento de produtividade, graças às melhorias no pacote tecnológico do produtor, que inclui uma maior eficiência no uso da água, o arroz irrigado representa atualmente cerca de 90% da produção do cereal no Brasil, apesar da redução na área total nos últimos anos. A constatação faz parte do Mapeamento do Arroz Irrigado no Brasil, produzido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), lançado nesta sexta-feira.

O estudo mostra que a irrigação proporciona ao arroz mais que o triplo da produtividade observada em áreas de sequeiro, com melhorias no manejo do solo, da água e dos insumos. Na média dos últimos cinco anos (2014-2018), o arroz de sequeiro rendeu 2.134 kg/ha, enquanto o irrigado teve um rendimento de 7.403 kg/ha – 3,5 vezes mais.

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O arroz irrigado concentra 77% da área total de arroz no Brasil, enquanto as áreas de sequeiro continuam em retração e representam 23% da área e 10% da produção. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins respondem por 1,2 milhão dentre 1,3 milhão do total de hectares de arroz identificados no Brasil.

O Rio Grande do Sul mantém a liderança absoluta com 72,9% da área ocupada pelo arroz irrigado (946 mil hectares), seguido por Santa Catarina (11,5%) e Tocantins (8,4%). Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul aparecem na sequência respectivamente com 1,5%, 1,3% e 0,8%. Os demais 3,5% da área estimada estão distribuídos em outros 12 Estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e São Paulo.