São Paulo, 31 – O Ministério da Agricultura informou nesta quarta-feira, 31, em nota, que vai realizar leilões de Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para arroz, após reunião, na terça-feira, com entidades gaúchas do setor. Por orientação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, as operações foram autorizados em portaria publicada no Diário Oficial da União em 29 de dezembro, no valor de R$ 100 milhões, o que equivale a aquisições entre 1 milhão e 1,3 milhão de toneladas do grão. No primeiro leilão, entre 250 mil toneladas e 500 mil toneladas serão ofertadas e os seguintes serão feitos de acordo com a demanda do mercado.

O edital será publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nos próximos dias e os leilões devem ocorrer no dia 23 de fevereiro, data que marca o início oficial da colheita do cereal no Rio Grande do Sul. De acordo com representantes da cadeia produtiva do arroz, os preços pagos pelo cereal estão em queda porque há excesso de oferta no mercado e redução da demanda. Produtores gaúchos são responsáveis pela maior parte da produção nacional, com cerca de 8 milhões de toneladas previstas nesta safra, respondendo por mais de 60% da produção nacional.

Para o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, a iniciativa vai amenizar os problemas enfrentados pelos agricultores. “Vamos contribuir para o que produtor possa equilibrar suas contas, honrar seus compromissos e se manter na atividade”, disse o executivo na nota. A partir do dia 1º de fevereiro, a saca de 50 kg terá o valor mínimo estipulado em R$ 36,01. “O setor arrozeiro reivindica também leilões de AGF (Aquisição do Governo Federal), mas o assunto ainda será discutido e analisado com a equipe econômica”, acrescenta Geller.

Na terça, logo após o término da reunião do setor ocorrida em Brasília, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) havia informado o posicionamento de Geller, que fez o anúncio dos leilões.