A bancada do PSD no Senado decidiu, por unanimidade, apoiar o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa pela presidência da Casa. Pacheco é o candidato escolhido pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para sucedê-lo. A decisão foi tomada em reunião realizada por videoconferência na noite desta terça-feira, 5, e fortalece a candidatura de Pacheco, já que o PSD tem a segunda maior bancada do Senado, com 11 integrantes. A legenda foi a primeira a anunciar formalmente uma aliança com o candidato.

“O PSD entende que o senador Rodrigo Pacheco reúne todas as condições para presidir, contribuir e garantir as tradições políticas, administrativas e legais que regem o funcionamento do Senado Federal”, informou a bancada do partido no Senado, por meio de nota.

O apoio foi negociado na tarde desta terça na residência do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) – a capital mineira é a maior cidade sob comando do partido. Na reunião, Pacheco acenou com a possibilidade de apoiar um nome do PSD para o governo de Minas Gerais em 2022.

Kalil e o senador Carlos Viana (PSD-MG) são apontados como candidatos, mas Pacheco era visto como uma “sombra” para Kalil. Participaram do encontro o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG), Carlos Viana (PSD-MG) e Otto Alencar (PSD-BA).

O Estadão/Broadcast apurou que o PSD teria pedido a Pacheco, em troca do apoio à sua candidatura, a presidência das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado – as mais cobiçadas – e a primeira secretaria da Mesa Diretora.

Líder do partido na Casa, o senador Otto Alencar (BA) disse, no entanto, que qualquer negociação sobre cargos em comissões e na Mesa Diretora será realizada apenas depois da eleição. “Não tem como tratar de um assunto como esse antes da conclusão da eleição”, disse. “Não vou constranger nenhum candidato que vá à eleição. Não é do meu feitio”, concluiu.