O  Banco de Sementes de Svalbard, localizado na região do Ártico, perto da Noruega, foi criado em 2008 para guardar sementes de alimentos e plantas de quase todo o mundo. O objetivo é assegurar que as espécies sejam preservadas em caso de uma mudança climática global brusca ou de outras tragédias.

Administrado pela fundação Crop Trust, o prédio tem capacidade de permanecer fechado e congelado, preservando as sementes, por até 200 anos caso ocorra algum imprevisto. Em 2016, o espaço precisou ser aberto pela primeira vez devido à guerra na Síria. No ano, a coleção continha 860 mil sementes. Em 2018, o banco atingiu a marca de 1 milhão de amostras, tendo capacidade para 4,5 milhões.

Esse estoque será ainda maior com a recente remessa enviada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com 3.438 amostras brasileiras. O pacote, que chega à estação no final de fevereiro, contém 3.037 acessos de arroz, 87 de milho, 119 de cebola, 132 de pimentas Capsicum e de 63 Cucurbitáceas (abóboras, morangas, melão, pepino, maxixe, quino e melancia).

Como representante do Brasil, a pesquisadora e supervisora de curadorias de germoplasma (material genético) da Embrapa, Rosa Lía Barbieri, acompanhará o depósito das 11 caixas que contêm as amostras. Ela participará ainda da reunião do painel internacional que faz a validação e acompanhamento do trabalho do banco norueguês.

O Brasil já enviou sementes para o banco em outras duas ocasiões. Em 2014, foram encaminhados 514 acessos de feijão e em 2012, 264 de milho e 541 de arroz.

Em Brasília, a Embrapa também possui um banco genético próprio, com cerca de 130 mil amostras de sementes, microrganismos, sêmen e embriões de animais. A coleção é o maior banco de recursos genético da América Latina e o quinto maior do mundo.