O domínio de milícias e sua influência no processo eleitoral é “relevante” e precisa ser enfrentado, mas não é um problema que possa ser resolvido pela Justiça Eleitoral, afirmou neste domingo, 15, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

“Sobre a influência da milícia no processo eleitoral e sobre as comunidades, esse é um problema que transcende a questão eleitoral. Áreas em que o Estado perdeu o controle, isso é um problema relevante que precisamos ser capazes de enfrentar e solucionar. Mas não são propriamente um problema da Justiça Eleitoral”, afirmou Barroso em entrevista coletiva à imprensa neste domingo (15).

O ministro comentou que conversou mais cedo com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, “onde a questão é mais problemática”, que lhe informou que a eleição está “ocorrendo na mais absoluta tranquilidade”. “Sem nenhum tipo de ocorrência relevante de violência”, afirmou Barroso.

O presidente do TSE ainda observou que a forma de a Justiça Eleitoral atuar nessas situações é pela repressão de crimes eleitorais que possam ser feitos em associação com a milícia. Segundo o último boletim de ocorrências do TSE, foram registradas 30 ocorrências com prisão de candidatos e outras 13 sem prisão. Já em relação a não candidatos, foram registradas 36 ocorrências com prisão e 173 casos sem prisão.