As reservas internacionais brasileiras registraram um resultado positivo de 5,57% em 2020 – consideradas em dólares. De acordo com o Banco Central, a componente de juros representou 4,38% de retorno positivo, enquanto os ganhos com paridade de moeda foram de 1,19%.

Em 31 de dezembro de 2020, as reservas internacionais do Brasil totalizavam US$ 355,62 bilhões, pelo critério caixa, ante US$ 356,88 bilhões no último dia de 2019.

“A estabilidade do volume de reservas internacionais ocorreu porque as operações de intervenção no mercado à vista de dólar, realizadas ao longo do ano de 2020, foram compensadas pelo rendimento das aplicações das reservas internacionais”, destacou o Banco Central.

Entre os principais indicadores das reservas, o risco de mercado médio dos investimentos – que agrega as componentes de juros e de moedas – foi de 2,75% ao ano em 2020, superior aos 2,4% registrados em 2019. “Esse aumento é consequência da maior volatilidade das moedas da reserva na crise de covid-19”, explicou a autoridade monetária.

O relatório destaca ainda que risco de crédito das reservas se concentrou em contrapartes com classificação de rating ‘AAA’. Na comparação com 2019, houve ainda um aumento do risco de liquidez da reservas para ETFs e para títulos emitidos por soberanos e agências.

Em dezembro de 2020, a alocação por moedas das reservas se dava da seguinte forma: 86,03% em dólares dos EUA, 7,85% em euros, 2,02% em libras esterlinas, 1,72% em ienes, 1,19% em ouro, e 1,21% em outras moedas.

O total de ativos das reservas no fim do ano passado estava repartido em títulos governamentais (88,18%), depósitos em bancos centrais e em organismos supranacionais (4,99%), títulos de agências (2,45%), ETFs de índices de ações (1,29%), títulos de organismos supranacionais (1,22%), depósitos em bancos comerciais (0,23%), ETFs de US MBS (0,15%) e outras classes de ativos, como ouro e títulos de governos locais (1,48 %).