RONCO “VERDE” carro movido a biodiesel foi campeão nas pistas de Le Mans

O dia 15 de junho de 2008 deve ficar para sempre na história dos biocombustíveis e da montadora alemã Audi. Não apenas por a escuderia vencer a tradicional “24 Horas de Le Mans” pela quarta vez seguida e oitava vez em nove anos, mas sim por levar pela primeira vez na história um veículo movido a biodiesel ao lugar mais alto do pódio da principal corrida de endurance do mundo. A disputa foi acirrada, mas no final o Audi R10 TDI pilotado por Tom Kristensen, Allan McNish e Rinaldo Capello mostrou sua força e deixou os adversários para trás.

Um dos principais responsáveis pelo trunfo foi justamente o combustível. O protótipo da montadora alemã foi abastecido com um biodiesel desenvolvido pela Royal Dutch Shell que emite até 90% menos dióxido de carbono que o diesel convencional, mas sem afetar em nenhum momento os 650 cavalos de potência do motor. Diferentemente do biodiesel vendido no Brasil, feito em sua maioria a partir do óleo de soja ou da mamona, o combustível produzido pela Shell foi feito com restos de madeira, uma tendência no velho continente.

TECNOLOGIA: com biodiesel extraído da madeira, novo motor deve chegar às ruas em alguns anos

“Ainda é cedo para pensarmos no V-Power Diesel de uma forma comercial, mas a Shell vê os esportes a motor como uma grande oportunidade para testar nossos produtos. Estamos empolgados com os resultados e felizes com a vitória”, afirma Richard Karlstetter, diretor global para combustíveis de corrida da Shell.

Também movido a biodiesel, o Peugeot 908 do trio Marc Gene, Nicolas Minassian e Jacques Villeneuve terminou as “24 Horas de Le Mans” na segunda colocação, 4 minutos e 31 segundos atrás dos líderes. Enquanto o preço do petróleo dispara no mundo, quem pede passagem mesmo é o biodiesel.