São Paulo, 18 – A Biosev, braço sucroenergético do Grupo Louis Dreyfus, reportou prejuízo líquido de R$ 280,8 milhões no primeiro trimestre da safra 2020/21, entre abril e junho deste ano, aumento de 71,53% ante os R$ 163,7 milhões de resultado negativo registrados no mesmo período da safra anterior.

Em comunicado, a companhia afirma que “os resultados foram impactados principalmente pela variação cambial, parcialmente compensados pelo aumento da receita líquida e por maiores ganhos na liquidação e marcação a mercado de posições em derivativos”.

A receita líquida da companhia (ex-HACC) avançou 53,4% anualmente na mesma comparação, para R$ 2,688 bilhões. O aumento na arrecadação se dá pelo maior volume de moagem e pelo crescimento da exportação de açúcar.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ex-revenda/HACC totalizou R$ 369,138 milhões no trimestre, 8,9% a mais do que os R$ 339,095 milhões de um ano antes.

A dívida líquida em 30 de junho deste ano era de R$ 7,333 bilhões, 36,0% maior do que os R$ 5,393 bilhões do 1tri2019/20. Como a companhia tem uma grande parcela da dívida em dólar, a desvalorização do real frente à moeda americana contribuiu para o aumento do indicador.

A Biosev investiu um total de R$ 242,805 milhões no primeiro trimestre, 5,8% a menos que em igual período da safra passada. Do capex total, R$ 236,137 milhões foram investidos nas operações e R$ 3,254 milhões, em expansão.

A companhia realiza teleconferência nesta sexta, às 12 horas (de Brasília) para detalhar os resultados.