O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, deixou a cidade de Yangon, capital de Myanmar, nessa quarta-feira, 14 (fuso horário de Brasília), com a perspectiva de fechamento de acordos bilaterais para transferência de tecnologia pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Myanmar foi o quarto país visitado pelo ministro nos últimos dias. Antes, Maggi esteve na China, Coreia do Sul e Tailândia, participando de seminários e apresentando produtos do agronegócio brasileiros.
O ministro da Agricultura de Myanmar, Tun Win, disse que a visita de Maggi foi um grande avanço para a consolidação da parceria entre os dois países. Para ele, uma cooperação forte com o Brasil tem um significado importante do ponto de vista geopolítico, uma vez que pode fortalecer a posição de Myanmar em relação à China.
De olho no mercado de 50 milhões de habitantes, o Brasil quer exportar carne e abrir as portas do país para empresas brasileiras instalarem frigoríficos de carnes bovina, suína e aves para vender no mercado interno de Myanmar ou mesmo exportar, como já ocorre na Tailândia, Coreia, Emirados Árabes e China.
“Temos muito interesse em incrementar a cultura de soja em cerca de 150 mil hectares, produzir mais pescados e realizar acordos de cooperação científica e tecnológica com a Embrapa”, afirmou o ministro Tun Win durante a reunião com Maggi.
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, que integra a comitiva do ministro, destacou que Myanmar oferece enormes possibilidades para o Brasil como parceiro estratégico na Ásia. O país passa por um processo de redemocratização e de abertura de mercado para o mundo.
 
Maggi já chegou a Hanói, no Vietnã, vai conversar com autoridades agrícolas sobre a liberação do comércio de produtos lácteos, além das carnes e grãos.