A linha emergencial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) em ações de combate ao novo coronavírus atingiu R$ 2 bilhões em aprovações de financiamentos. O valor corresponde a 40% do orçamento de R$ 5 bilhões previsto para uso livre das empresas. A linha já beneficiou quase cinco mil clientes, em 5.330 operações.

De acordo com o BNDES, o volume de aprovações vem se acelerando nos últimos dias, tendo média diária de R$ 135 milhões nesta semana, até a quinta-feira, 7. De todo o volume de recursos até agora aprovado, 70% se destinam às médias empresas, 24% às pequenas e outros 6% às microempresas. O banco estima que 124 mil empregos puderam ser mantidos com esses recursos, em meio à crise.

O principal setor econômico contemplado foi o de comércio e serviços, com 80,5% dos recursos. Indústria de transformação (19%) e agronegócio (0,5%) completam a lista. O volume diário de aprovações chegou a R$ 172 milhões, com crescimento de 7% em relação ao primeiro bilhão em aprovações, registrado em 22 de abril.

O BNDES já liberou um total de R$ 10 bilhões somando as linhas emergenciais lançadas ao longo dos últimos 45 dias. Neste pacote estão R$ 2,3 bilhões aprovados em suspensões de pagamentos (stand still) indiretos automáticos, feitas via agente financeiro, e de R$ 4,7 bilhões para a suspensão de pagamentos de operações feitas diretamente com o BNDES.

O BNDES Crédito Pequenas Empresas oferece crédito rápido a micro, pequenos e médios empresários com faturamento de até R$ 300 milhões por ano. A operação se dá por meio da rede de agentes financeiros parceiros do banco de fomento, públicos e privados. Com orçamento de R$ 5 bilhões, a linha oferece financiamento de até R$ 70 milhões anuais, com carência de 24 meses e prazo para pagamento de até 60 meses.